A ocupação do Sudeste Mato-grossense é marcada pela chegada da frente de expansão que avançou sobre territórios indígenas por volta da década de 1930, composta sobretudo por camponeses e garimpeiros. Nas décadas seguintes tem-se a chegada da frente pioneira, construindo infraestruturas e estabelecendo relações propriamente capitalistas de produção, com a transformação da terra em mercadoria, a produção determinada pela lógica de mercado, pelo trabalho assalariado, pelas desapropriações dos camponeses e intensificação da ocupação do território dos povos indígenas, que se encontravam em processos de “criação” de terras indígenas (TIs), que compunham uma pequena parte de seus territórios tradicionais. Essa pesquisa teve por objetivo, através de revisão bibliográfica e uso de geotecnologias, analisar como ocorreu o processo histórico de ocupação de territórios indígenas tradicionais no Sudeste Mato-grossense e como esses processos transformaram o uso e cobertura da terra em áreas circunvizinhas às terras indígenas entre 1998 e 2018. O mapeamento do uso e cobertura da terra foi feito através de imagens do satélite Landsat 8/OLI e Landsat 5/TM. A análise demonstrou que essas áreas se encontram com pouca cobertura vegetal e com grande fragmentação de remanescentes florestais, deixando as terras indígenas isoladas e cercadas em meio a atividade da agropecuária.
A presente pesquisa teve como objetivo refletir sobre o avanço dos interesses minerários no bioma-território Cerrado, enfatizando suas implicações nas Terras Indígenas (TIs), no contexto do Neoextrativismo Ultraliberal Conservador, e da apropriação dos recursos naturais. O recurso metodológico foi com base em dados cartográficos produzidos por diferentes fontes entre elas: Agência Nacional de Mineração (ANM); Fundação Nacional do índio (FUNAI); entre outras. Observou-se nos dados selecionados as seguintes classes temáticas: os interesses minerários; os títulos minerários e o mapeamento da distribuição dos processos minerários nas proximidades das Terras Indígenas (TIs). Os resultados apresentados e discutidos mostram que houve avanços significativos dos processos minerários em fase de pesquisa nas últimas décadas no Cerrado, com uma alta concentração nos domínios do Cerrado goiano. Nesse contexto, observou que as Terras Indígenas se apresentam como pequenas áreas ilhadas em meio aos interesses minerários.
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