No Brasil, existem diversas regiões endêmicas simultaneamente para leishmaniose e doença de Chagas e como os agentes causadores pertencem ambos à mesma família, Trypanosomatidae, eles compartilham diversos antígenos, que no momento do diagnóstico sorológico, podem promover reações cruzadas. Diversos autores avaliaram a reação cruzada Chagas/leishmaniose em cães, entretanto poucos trabalhos fizeram este questionamento em humanos. O objetivo do presente estudo foi identificar a possibilidade de reação cruzada para o diagnóstico da doença de Chagas em pacientes com leishmaniose visceral curada. Para tanto, foram analisadas 30 amostras de soro de pacientes com leishmaniose visceral curada atendidos no Ambulatório de Infectologia do Hospital Regional de Presidente Prudente, São Paulo. As amostras foram avaliadas em duplicata através de três kits sorológicos para o diagnóstico da doença de Chagas: ensaio imunoenzimático (ELISA), imunofluorescência indireta (IFI) e hemaglutinação indireta (HAI). Das 30 amostras analisadas, apenas o soro de um paciente mostrou-se reagente na IFI, entretanto, a duplicata avaliada não foi positiva, assim como os resultados de ELISA e HAI. No presente estudo, devido à reatividade para a IFI apresentar apenas um T. cruzi marcado, com a sua duplicata e outros testes sorológicos (ELISA e HAI) negativos, podemos concluir que o paciente com leishmaniose visceral apresentou uma reação cruzada para o diagnóstico da Doença de Chagas.
Objetivo: Narrar a experiência de uma metodologia ativa aplicada para verificar e difundir o conhecimento sobre a tuberculose entre os cipeiros prisionais do Oeste Paulista. Metodologia: Trata-se de um relato de experiência sobre atividade aplicada de forma dinâmica e lúdica, na qual eixos temáticos sobre a tuberculose (contágio, defesa, profilaxia, sintomatologia, tratamento e aspecto social) eram sorteados dando início a um debate coletivo. Vinte e seis profissionais da CIPA (Comissão Interna de Prevenção de Acidentes) participaram da atividade e, ao final, preencheram um pequeno questionário para narrarem discursivamente sua experiência com a atividade, acerca da pertinência e aplicabilidade da temática discutida. Resultados: A atividade promoveu debates bem produtivos, demonstrando que muitos ainda possuem dúvidas sobre a tuberculose. Apesar de satisfeitos com a metodologia, os participantes sentiram falta de material impresso, ou, do fechamento com uma palestra. Além disso, ficou clara a necessidade de envolver as unidades prisionais e os privados de liberdade nas práticas de saúde. Conclusão: Verificou-se que o conhecimento sobre tuberculose ainda é defasado entre os cipeiros prisionais e que atividades deste gênero têm potencial para ser um bom instrumento disseminador de conhecimento.
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