RESUMO -Contexto -As neoplasias de cólon são a terceira forma mais comum de câncer atualmente. Seus tratamentos ainda estão associados a elevado risco de complicações, ressaltando, assim, a necessidade de elaborar novas estratégias de tratamento. A ingestão de probióticos, prebióticos ou a combinação de ambos (simbióticos), representa nova opção terapêutica. Diante da importância do equilíbrio quantitativo e qualitativo da microbiota intestinal para saúde humana e com objetivo de melhor elucidar o papel dos probióticos e prebióticos, o tema citado procura abordar a importância destes como coadjuvantes na prevenção e tratamento de câncer de cólon. PROBIÓTICOS, PREBIÓTICOS E SIMBIÓTICOSO termo probiótico é derivado do grego, significando "para a vida". Foi primeiramente utilizado por Lilly e Stillwell (39) , em 1965, e vem recebendo muitas denominações conceituais. Entretanto, a definição aceita internacionalmente é que probióticos são microrganismos vivos, administrados em quantidades adequadas, que conferem benefícios à saúde do hospedeiro (55) . Bactérias pertencentes ao gênero Lactobacillus, como Lactobacillus rhamnosus GG, e Bifidobacterium e, em menor escala, Enterococcus faecium, assim como os fermentados Saccharomyces boulardii são mais frequentemente empregadas como suplementos probióticos para alimentos, uma vez que elas têm sido isoladas de todas as porções do trato gastrointestinal do humano saudável (11) . A correção das propriedades da microbiota autóctone desbalanceada constitui a racionalidade da terapia por probióticos (34) . Estes, promovem diversos efeitos benéficos ao hospedeiro, tais como: fermentação de substratos, resultando na produção dos ácidos graxos de cadeia curta (AGCC); redução do pH, que exerce ação bactericida; diminuição dos níveis séricos de amônia pela fermentação de proteínas; participação na produção de vitaminas do complexo B; influência na resposta imune e redução dos níveis de triglicerídio sérico (6,45) . Admite-se que no intestino os probióticos sejam capazes de ocupar nichos da mucosa, impedindo desse modo patógenos de ocuparem esses sítios. Além disso, as bacteriocinas, produzidas a partir de componentes protéicos dos lactobacilos, são capazes de exercer ação local semelhante aos antibióticos contra organismos patogênicos e de diminuir a produção de citocinas pró-inflamatórias, tais como o interferongama, fator de necrose tumoral-alfa e interleucina 2. Também apresentam capacidade de estimular a produção da imunoglobulina A, conforme estímulo de sua produção com o uso do lactobacilos casei CRL 431, indicando ativação do sistema autoimune. Os probióticos são, geralmente, administrados em situações de distúrbios intestinais, promovidos por fatores específicos, dentre os quais têm-se: dietas inadequadas, alguns medicamentos que não sejam
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