O objetivo do presente estudo foi identificar as possí­veis influências da classe social sobre a compreensão de velhice satisfatória de mulheres idosas do Distrito Federal (DF). Trata-se de um estudo transversal, exploratório e qualitativo. Utilizou-se a entrevista de história de vida para compreender as trajetórias de oito participantes de dois grupos de convivência, sendo um em região de baixa-média renda (Ceilândia – grupo C) e o outro, de alta renda (Jardim Botânico – grupo JB). A classe social esteve associada ao ní­vel de escolarização, trabalho, matrimônio, ao processo migratório ao DF e a construção da velhice satisfatória. No grupo C, a velhice foi permeada pelo acesso a oportunidades educacionais e a novos bens e serviços; já no Grupo JB, por um perí­odo de descanso e lazer e proximidade da rede social. Fatores intrí­nsecos, relacionados ao indiví­duo, foram mais relatados pelo grupo C para descrever velhice satisfatória; e componentes intrí­nsecos e extrí­nsecos pelo grupo JB.

No abstract