RESUMO Envelhecimento é um processo no qual existem alterações morfológicas, funcionais e bioquímicas. Os pés são estruturas acometidas nesse processo, afetando o equilíbrio corporal e aumentando o risco de quedas. Para minimizar esses efeitos, a Facilitação Neuromuscular Proprioceptiva (FNP) pode ser utilizada, pois melhora a perfusão, a força e a coordenação dos membros inferiores. Teve objetivo avaliar os efeitos da FNP no equilíbrio de idosos. Trata-se de estudo longitudinal e quantitativo, realizado em um hospital público em Teresina (PI). Participaram 20 idosas com idade entre 65 e 85 anos, submetidas a um protocolo de FNP. Foram coletados dados baropodométricos (áreas total, do antepé e do retropé) de forma estática (sem perturbação) e dinâmica (com perturbação), além do teste Timed Up and Go (TUG) e do teste de alcance funcional. Não houve diferença nas áreas plantares antes e após a intervenção, apesar da diminuição da área após os exercícios na avaliação estática (retropé antes: 150,85cm² e depois: 147,40cm²; p=0,0593) e na avaliação dinâmica (retropé antes: 154,30cm² e depois: 151,40cm²; p=0,0783). Foi observada diminuição do tempo do TUG de 10,75s para 8,23s (p<0,0001) um aumento da área de deslocamento, de 21,07cm para 31,10cm (p<0,0001) no teste de alcance funcional. As idosas apresentaram maior ativação dos músculos plantares, com diminuição da área de apoio após o protocolo de FNP. Houve melhora significativa no tempo de marcha e no alcance funcional nas idosas, o que está associado a um menor risco de quedas após os exercícios.