Este artigo tem o objetivo de mapear os estudos que tratam das políticas curriculares para o Ensino Médio no Brasil. Por meio de uma pesquisa de natureza qualitativa, realizou-se uma revisão bibliográfica, tendo como objeto teses e dissertações disponíveis na Biblioteca Digital Brasileira de Teses e Dissertações (BDTD), produzidas a partir de 2009, período em que políticas públicas para o Ensino Médio foram intensificadas no Brasil. O processo de análise de conteúdo possibilitou identificar duas categorias: reflexões sobre as políticas educacionais curriculares para o Ensino Médio no Brasil e interfaces entre objeto de estudo e tipo de pesquisa acerca de políticas educacionais curriculares do Ensino Médio. Os resultados apontam para um afastamento do que está proposto nas políticas e o que é realizado no contexto escolar, contribuindo para entendimentos equivocados no processo de construção/implementação de políticas para o Ensino Médio na Educação Básica brasileira.
A presente pesquisa objetiva discutir compreensões acerca da área de Ciências da Natureza e suas Tecnologias (CNT) no documento do Referencial Curricular Gaúcho (RCG), com foco na proposta dos itinerários formativos para o Novo Ensino Médio. O estudo é parte de um estudo de natureza qualitativa realizada junto ao Programa de Pós-graduação em Ensino de Ciências (PPGEC) da Universidade Federal da Fronteira Sul – Campus Cerro Largo. O objeto de investigação foi o documento do referencial curricular proposto no Rio Grande do Sul, que busca adequar o currículo à Base Nacional Comum Curricular, aprovada em 2018. No documento observou-se a proposta de flexibilização curricular por meio da possiblidade de escolha de um ou mais itinerários a partir da indicação de nove apresentados na área de CNT. O percurso formativo na área indica compreensões de Ciência balizados na concepção de conhecimento como construção humana e, também, por meio do projeto de vida, pode contribuir para o desenvolvimento de autonomia pelos estudantes. Com o estudo, destaca-se a importância em analisar documentos curriculares no Brasil, tendo em vista as alterações propostas nos últimos anos, porém percebe-se que a realidade da escola ainda está muito aquém do ideal apresentado nos documentos.
Neste artigo apresentamos um estudo historiográfico realizado com o objetivo de identificar aspectos que contribuíram para caracterizar a identidade do Ensino Médio (EM) no Brasil. A relevância da investigação encontra-se diante das novas proposições curriculares realizadas a partir da Lei 13.415/2017, denominada Novo EM. Realizamos um estudo qualitativo historiográfico analisando documentos parametrizadores do ensino brasileiro com foco no EM, em que tomamos como ponto de partida a Reforma Francisco Campos. Como resultados destacamos que a identidade do EM foi sendo alterada no decorrer dos anos a partir das novas demandas curriculares propostas. A identidade do EM no Brasil passou de uma perspectiva de ensino que se restringia a elite governante do país, seguida de uma formação profissional técnica e, por fim temos como característica marcante o desenvolvimento do protagonismo juvenil por meio da flexibilização curricular. Portanto, ressaltamos a importância em refletirmos acerca das contribuições históricas para a construção do EM no Brasil no sentido de promovermos novos entendimentos da necessidade de mudança curricular para essa etapa da Educação Básica.
O relato descreve um projeto realizado com alunos do 2º ano do Ensino Médio da Escola Estadual Técnica Guaramano em Guarani das Missões, RS, com plantas medicinais que foi planejado e desenvolvido pela professora de Biologia e a turma tendo por objetivo principal proporcionar aulas mais dinâmicas, agregando teoria à prática educacional. O Horto Medicinal está localizado junto ao Viveiro da Escola, ou seja, na sua sede. Tem como área total 324 metros quadrados, dividido em 12 parcelas, onde cada uma corresponde a uma planta medicinal e a um determinado horário indicado para seu uso, como também o seu princípio ativo. As plantas medicinais são tradicionalmente utilizadas pelas famílias da comunidade local e sua vasta aplicação e variedades de espécies, faz com que se necessite aprimorar e obter mais conhecimentos sobre o assunto. Pode se perceber que toda atividade prática contribui para a formação de alunos mais críticos e protagonistas quando podem desenvolver conteúdos de aula em projetos, pois são desafiados a encontrar soluções para os problemas que vão surgindo no decorrer do processo.
O presente trabalho descreve e analisa as compreensões de professoras/coordenadoras da proposta do Novo Ensino Médio (EM) acerca do processo formativo e a implementação em escolas da região das Missões no Rio Grande do Sul. A política do Novo EM no Brasil é discutida buscando contemplar aspectos que marcam as mudanças propostas. Os dados foram gerados a partir da pesquisa de natureza qualitativa, sendo utilizados discursos de professores que participaram do processo de formação para a implementação da proposta nas escolas. Identificamos de forma mais recorrente compreensões que destacam a presença de contradições entre o que é realizado e o que está proposto na política do EM que reforçam o discurso de ensino dicotomizado, que indicam a presença de interesses econômicos e exigências do mercado, que evidenciam práticas inovadoras em sala de aula, e, que entendem as políticas como eficazes, porém com implicações para o contexto. Concluímos que o fortalecimento da política curricular do Novo EM está vinculado aos entendimentos construídos em contexto escolar, em especial dos professores, pois estes são os protagonistas do processo de implementação das políticas educacionais e, com isso, podem contribuir para mudanças significativas nessa etapa de ensino.
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