Crimes ambientais são condutas ou atividades que degradam a qualidade ambiental de forma direta ou indireta. O objetivo do trabalho foi verificar a comunicação de crimes ambientais na zona rural de Soledade-RS, entre 2012 e 2018, relacionando-as com a modificação do uso do solo, através do sensoriamento remoto. Para o levantamento das ocorrências, realizou-se consulta documental nos registros físicos do Departamento do Meio Ambiente. A análise de imagens foi realizada por meio do software gratuito Spring® e imagens do satélite LANDSAT. Os resultados indicaram que de vinte e sete comunidades rurais existentes em Soledade, quinze receberam comunicação de crimes ambientais no período, totalizando cento e quatorze registros. As comunicações de crimes ambientais foram sobre recursos florestais (51%) e recursos hídricos (49%), sendo que a notificação mais frequente foi a supressão de vegetação nativa (32%). A análise do uso do solo por sensoriamento remoto indicou que 21% do território municipal é coberto por mata, sem evidências de alteração entre 2012 e 2018. O número crescente de comunicações de crimes ambientais no período indica a necessidade de políticas de conscientização ambiental, para a adoção de práticas de produção conservacionistas.
Os danos ambientais provocados por atividades antrópicas têm sido motivo de alerta pela comunidade científica, pois a alta pressão de exploração sobre os recursos naturais, agravada pela poluição crescente, tem causado a destruição dos ecossistemas, com reflexos imediatos sobre o equilíbrio ambiental e a saúde e bem-estar das pessoas. O objetivo deste trabalho foi confrontar a ocorrência de crimes ambientais registrados formalmente e o nível de informação dos produtores rurais sobre as áreas de preservação em suas propriedades no município de Soledade (RS). Para tanto, os registros de crimes ambientais foram consultados no Departamento Municipal do Meio Ambiente e aplicou-se um questionário aos agricultores. O questionário foi respondido por 91 pessoas, sendo 67 homens e 24 mulheres, com faixa etária entre 33 e 63 anos. Destes, 91,2 % declararam possuir áreas de preservação permanente em suas propriedades (73 banhados, 69 sangas, 11 nascentes e 6 rios), sendo que 64,8 % realizaram licenciamento de alguma atividade na propriedade. A ocorrência de crimes ambientais em propriedades vizinhas foi apontada por 62,6 % dos produtores, totalizando 344 infrações. No Departamento do Meio Ambiente de Soledade, foram registradas 114 denúncias entre 2012 e 2018, indicando uma diferença entre a ocorrência efetiva dos crimes ambientais e a realização formal da denúncia. A falta de informação e o desconhecimento dos produtores quanto as verdadeiras consequências do manejo inadequado dos recursos naturais sob sua custódia, põe em risco a manutenção desses recursos a longo prazo.
Este estudo tem por objetivo analisar espacialmente a distribuição de estabelecimentos que comercializam alimentos na cidade de Erechim/RS, a fim de verificar a existência de desertos alimentares. Trata-se de um estudo descritivo e exploratório que foi elaborado a partir da análise de dados secundários, coletados entre janeiro e fevereiro de 2022, junto à Secretaria da Fazenda do Município de Erechim/RS, sobre os estabelecimentos que comercializam alimentos e no Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), sobre a renda familiar, população e setores censitários. As informações reunidas foram inseridas no software livre de geoprocessamento QGis Desktop 3.22 para realizar a correlação, análise espacial e a geração de mapas temáticos. A pesquisa revelou que as regiões centrais da cidade de Erechim/RS concentram o maior número de estabelecimentos que comercializam alimentos. Já em regiões periféricas e com baixa renda familiar, existe uma menor quantidade de todos os tipos de estabelecimentos que vendem alimentos, principalmente aqueles que comercializam alimentos saudáveis e hipermercados/supermercados. Esses resultados revelam que o abastecimento alimentar na cidade de Erechim/RS é desigual, o que condiciona a existência de desertos alimentares. Desse modo, recomenda-se que a gestão pública municipal elabore ações para promover o acesso a sistemas alimentares mais sustentáveis.
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