O objetivo deste trabalho foi determinar a frequência e o perfil de susceptibilidade a antimicrobianos de Streptococcus em faringotonsilite aguda recorrente. Para o estudo foram coletadas tonsilas de 122 pacientes com idade entre 3 e 38 anos (66 pacientes do sexo masculino e 56 do sexo feminino) com histórico de faringotonsilite aguda recorrente, associada à hipertrofia tonsilar, e submetidos à tonsilectomia em um hospital escola. Após isolamento e identificação bacteriana, testes de antibiograma foram realizados para determinar o perfil de susceptibilidade a antimicrobianos. Foram isoladas e identificadas 151 amostras bacterianas pertencentes ao gênero Streptococcus. Destas, 41,1% foram identificadas como Streptococcus grupo viridans não hemolítico; 39,1% como Streptococcus grupo viridans a-hemolítico; 7,3% como Streptococcus dos grupos C, F ou G; 5,3% como Streptococcus spp. β-hemolítico; 4,6% como Streptococcus spp. não hemolítico; 1,3% como Streptococcus spp. grupo a-hemolítico e 1,3% como Streptococcus β-hemolíticos do grupo A. Observou-se nos testes de antibiograma resistência aos antibióticos β-lactâmicos. É importante o monitoramento da microbiota que coloniza a orofaringe, visto que alguns de seus componentes têm se tornado resistentes aos medicamentos mais utilizados no tratamento das faringotonsilites, o que pode contribuir para os processos de recidiva.
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