A paralisia cerebral (PC) interfere na execução dos movimentos devido aos padrões anormais da coordenação, postura e tônus muscular. Estima-se que no Brasil existam 17 mil novos casos por ano, sendo considerado problema social e de saúde pública. A hemiparesia se caracteriza por espasticidade no hemicorpo contralateral ao hemisfério cerebral afetado. A marcha hemiparética não apresenta o toque do calcâneo no início do apoio bipodal pela incapacidade do músculo tibial anterior em produzir tensão suficiente para realizar o movimento de dorsiflexão. A fase de impulsão também fica comprometida em decorrência da fraqueza do músculo tríceps sural, constituindo fator limitante para a marcha. Estudos morfológicos sugerem que a fraqueza do músculo parético é mais incapacitante que a espasticidade, ela ocorre devido ao desuso, perda de unidades motoras, alteração na ordem do recrutamento, tornando-se necessário o fortalecimento desta musculatura para melhorar a capacidade de geração de força e habilidade motora. A estimulação elétrica funcional (FES) promove fortalecimento com possibilidade de redução da assimetria cortical, pois envolve processos relacionados à movimentação voluntária. O objetivo do presente estudo é comparar os efeitos da FES na funcionalidade da marcha em pacientes com PC após sua aplicação nos músculos tibial anterior e tríceps sural. Os resultados obtidos pela escala GMFM constataram maior evolução no paciente que recebeu a FES no músculo tríceps sural, assim como melhora da ADM passiva e aumento de força muscular de dorsiflexores e plantiflexores, redução do grau de espasticidade e evolução nas variáveis da marcha. Desta forma a FES demonstrou resultados positivos no tratamento de musculatura espástica com evolução na funcionalidade da marcha.Palavras-chave: paralisia cerebral, estimulação elétrica funcional, hemiparesia, espasticidade.
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