Introdução: Em março de 2020 a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou uma pandemia pela doença denominada COVID 19, causado por uma nova síndrome respiratória aguda grave coronavírus 2 (SARS-CoV-2), sendo uma emergência de saúde pública de interesse internacional. Desde o início da pandemia, o diabetes mellitus emergiu como um fator complicador, com desfechos desfavoráveis em comparação à população não diabética. Dessa forma, nosso estudo objetivou avaliar e comparar, através de um estudo analítico, transversal e descritivo, os fenótipos de gravidade entre pessoas com COVID-19 diabéticas e não diabéticas em um hospital de referência no Distrito Federal, Brasil. Material e métodos: Através de busca ativa de dados em prontuários de pacientes internados com diagnóstico com COVID-19 pelo método “Real Time Reação de Cadeia de Polimerase” (RT-PCR), foram recrutados 2041 indivíduos que, após critérios de exclusão, selecionados um total de 762 para o estudo proposto, comparando dados clínicos e laboratoriais entre o grupo com diabetes e sem diabetes. A estatística descritiva foi realizada com valores média e desvio-padrão, frequência absoluta e percentual relativo. A normalidade e homogeneidade dos dados foram calculadas com o teste de Shapiro-Wilk e Levene, respectivamente. O teste t de student para amostras independentes foi usado para comparar as variáveis contínuas e o teste qui-quadrado foi utilizado para comparar as variáveis categóricas entre os pacientes diabéticos e não diabéticos. Resultados: Indivíduos com diabetes apresentaram um quadro clínico mais severo quando comparados àqueles sem a doença. Evidenciando um fator de risco independente para um pior prognóstico. Discussão: nossos achados vão de encontro a outras pesquisas já realizadas, mostrando que o componente inflamatório crônico da doença parece ser o principal gatilho para desfechos desfavoráveis. Conclusão: Considerando a importância epidemiológica do diabetes, fazem-se urgentes pesquisas que elucidem as dúvidas acima expostas, visando intervenções terapêuticas mais apropriadas e, portanto, melhorando os desfechos nesta população. Em se tratando de uma doença nova e ainda pouco conhecida, com várias interrogações, provavelmente muitas das respostas só virão com o tempo, através de estudos mais robustos, prospectivos e randomizados, com populações maiores e mais diversificadas.