A hepatite C é uma doença ocasionada pelo vírus HCV, cuja maior dificuldade do diagnóstico é inespecificidade dos sintomas, contribuindo para cronificação e pior prognóstico. A infecção assola cerca de 58 milhões de pessoas no mundo. Nas duas últimas décadas, foram confirmados 265 mil casos no Brasil. Em 2015, o tratamento foi otimizado após a inclusão dos antivirais de ação direta (DAAs) que reduziram os efeitos adversos. Objetivo: avaliar a resposta clínica e laboratorial do tratamento da hepatite C com uso de novas DAAs. Metodologia: Estudo transversal, qualitativo e descritivo com amostra não probabilística dos prontuários de pacientes com HCV assistidos no CTA/SAE de Santarém – PA, no período de janeiro de 2016 a março de 2019. Resultados: Dentre os 265 prontuários, apenas 45 se encaixaram nos critérios de inclusão. O esquema Sofosbuvir + Daclatasvir foi o mais utilizado (44,44%). Observou-se redução nos valores de hematócrito e nas enzimas hepáticas (TGO/TGP) e um aumento de hemoglobina e plaquetas. O genótipo 1B foi o mais prevalente. O grau de fibrose F4 se destacou, sobretudo, nos homens. A comorbidade predominante foi a hipertensão arterial sistêmica. Conclusão: Após a inclusão da 2ª geração de DAAs, houve redução dos casos de anemias graves, das transaminases e de plaquetopenia. Além disso, percebeu-se a necessidade de controle laboratorial mais efetivo da hemoglobina quando há associação da ribavirina com o esquema terapêutico e a via sexual foi o meio de contaminação de maneira oposta aos dados nacionais.
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