Outras INTRODUÇÃOO cateterismo vesical intermitente (CVI) é um procedimento urológico utilizado principalmente para esvaziamento da bexiga. É feito com objetivo de impedir a hiperdistensão do órgão, que ocorre em certas doenças que cursam com retenção urinária, como a hiperplasia prostática benigna (HPB). Neste tipo de cateterismo, a sonda é inserida através da uretra de quatro a seis vezes ao dia, simulando o padrão de esvaziamento miccional normal do ser humano (WYNDAELE, 2002). Com o tempo, comparações da abordagem intermitente com o cateterismo vesical de demora (CVD), em que o paciente permanece com a sonda de maneira constante, demonstraram que a primeira possui menor risco de complicações, especialmente relacionadas à infecção do trato urinário (ITU).Além disso, pelo fato de que o manejo intermitente preserva a fisiologia miccional, estimulando a contratilidade do músculo detrusor da bexiga, há menor chance de atrofia do mesmo. Dessa maneira, o CVI passou a ser utilizado também quando se busca prevenir a degeneração da função vesical. Devido a esses fatos, gradualmente o uso do CVI adquiriu especial importância para as pessoas com disfunções neurogênicas da bexiga, como os pacientes paraplégicos e tetraplégicos, os quais necessitam cronicamente de auxílio miccional e, como consequência, estão sujeitos a maior quantidade de complicações, devido ao grande tempo de exposição ao cateterismo (DI BENEDETTO; FINAZZI-AGRÒ, 2017).Para realização do CVI, existem classicamente três técnicas distintas: estéril, asséptica e limpa. O nível de assepsia varia de forma decrescente, a começar pela técnica estéril. Nesta, é preciso que o profissional de saúde faça uma paramentação mais robusta, com gorro, máscara e luvas estéreis. Além disso, todo o material do procedimento deve ser descartável e estar isento de contaminação, e a região genital deve passar por limpeza com antisséptico. No procedimento asséptico, apenas as luvas, cateter e lubrificante devem ser estéreis, enquanto que na técnica limpa, somente é necessário que se faça higienização completa das mãos, podendo-se ou não usar luvas de procedimento, sendo o cateter preferencialmente, mas não obrigatoriamente, estéril (ASSIS; FARO, 2011).Tem sido demonstrado que, no ambiente domiciliar, o uso da técnica limpa possui grande importância, podendo ser aplicada pelo próprio paciente ou por cuidadores treinados, sem diferenças significativas nas taxas de complicação (CAMPOS; SILVA, 2013). No ambiente hospitalar, entretanto, as considerações são diferentes, sendo recomendado o uso das técnicas estéril ou asséptica, devido ao fato de que em tais ambientes de convivência há intensa seleção de microrganismos com maior patogenicidade e risco de doenças graves (FROEMMING; SMANIOTTO; LIMA, 2016). A despeito das muitas vantagens do CVI, existem contextos em que o uso outros tipos de cateterismo são melhor aplicáveis, e a escolha do profissional deve se basear em conhecimentos científicos sólidos, a fim
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