O hormônio tireoidiano é essencial para o desenvolvimento gestacional em diversos aspectos. O hipotireoidismo representa um risco importante para desfechos obstétricos desfavoráveis e alterações no desenvolvimento infantil. Durante a gestação o organismo materno se adapta para responder de forma adequada a um aumento do consumo deste hormônio produzindo cerca de 50% a mais do mesmo, garantindo um desenvolvimento fetal normal. Em 2017 a ATA publicou novas diretrizes recomendando o cálculo de valores de referência laboratoriais para o acompanhamento gestacional em cada trimestre respectivamente e relacionados à população local, se possível. Este trabalho teve como objetivo primário a aferição e comparação local de dados fornecidos em prontuário para a determinação dos valores de referência para o 1° trimestre gestacional de gestantes em pré-natal nas Unidades Básicas de saúde de Sobradinho-DF. A presente pesquisa foi realizada de forma analítica e retrospectiva, com avaliação de prontuários em um corte transversal. Envolveu 108 gestantes no primeiro trimestre gestacional, previamente hígidas, sem comorbidades associadas já em acompanhamento prévio em UBS da região. Os valores de TSH identificados no presente estudo variam de 0,1 a 3,18 mU/L. Esses valores são semelhantes aos resultados encontrados em outras populações analisadas e compatíveis com a recomendação da ATA de valores mínimo e máximo menores em gestantes em relação aos valores da população em geral que são de 0,5 a 4,5 mU/L aproximadamente. Não foram encontradas correlações significativas entre as variáveis TSH e peso, idade, idade gestacional e IMC na nossa população. Conclui-se portanto, que para o cálculo mais adequado do valor de referência de TSH sérico em gestantes no primeiro trimestre, é necessário uma avaliação de uma amostra com um número maior de pacientes e uma avaliação mais criteriosa de outros fatores interferentes, como por exemplo, a ingestão de iodo, presença de autoanticorpos da tireoide, etc.
Pacientes com cirrose hepática podem evoluir para quadros de descompensação, refletindo em altas taxas de mortalidade. Escores preditores de prognóstico e mortalidade são ferramentas uteis no manejo do paciente com doença hepática crônica. O presente estudo investigou o potencial de escores e modelos preditores de mortalidade após o primeiro ano de internação em pacientes cirróticos atendidos em um hospital terciário do Distrito Federal, Brasil. Este é um estudo de coorte prospectiva que incluiu indivíduos adultos portadores de cirrose hepática, admitidos por descompensação aguda da cirrose, entre novembro de 2018 e maio de 2021. Os critérios para o término da prospecção foi um dos seguintes desfechos: fim do período supracitado, óbito ou transplante. Foram considerados para este estudo pacientes dos sexos masculino e feminino com cirrose admitidos no hospital por mais de um dia para tratamento da descompensação aguda, e inclusos após enquadramento nos critérios do estudo. As seguintes variáveis foram analisadas: sexo, faixa etária, etnia, causa base da cirrose, razão da admissão, presença de ascite, presença de encefalopatia, valores de exames em admissão (creatinina, sódio, bilirrubina total, INR, albumina) e gravidade de doença hepática pelos modelos de sistemas de escores CLIF-SOFA, MELD, MELD-Na e Child-Pugh, aferidos na admissão no intuito de prever mortalidade após um ano de seguimento. Dos 115 pacientes com cirrose hepática inicialmente inclusos, 63 foram excluídos do estudo por câncer ao longo do follow up, portanto, 52 completaram, sendo 65% do sexo masculino. Hepatite alcoólica foi a principal causa base da cirrose (46%), e sangramento intestinal principal causa de internação na descompensação (35%). Entre os parâmetros bioquímicos isolados, apenas albumina à admissão associou-se significativamente com o desfecho mortalidade em um ano. Entre os modelos avaliados, o CLIF-SOFA apresentou significativa capacidade como preditor relacionado a mortalidade neste período.
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