O presente artigo tem por objetivo discutir aspectos evolutivos de escarpas em regiões tropicais a partir de estudos na Serra da Mantiqueira Meridional, - Brasil. Os grandes escarpamentos das bordas cratônicas do Brasil Sudeste figuram como sistemas geomorfológicos de evolução complexa que consorcia a regressão das escarpas aos diastrofismos neotectônicos, com basculamentos de blocos coadunando epirogênese positiva e formação de minigrábens. A retração erosiva dos fronts escarpados consorciada às solicitações morfotectônicas foi aqui discutida a partir de uma abordagem integrada, articulando o uso de mapas paleotopográficos e técnicas morfométricas aptas ao estudo de escarpas montanhosas e verificação de esforços tectônicos associados. Os resultados mostraram evidências de regressão em termos qualitativos e quantitativos, com soerguimento e formação de patamares escalonados, realçando o papel da tectônica cenozoica na manutenção dos grandes escarpamentos.
RESUMOA concepção de que as áreas urbanas configuram espacialidades nas quais a transformação dos sistemas naturais tende a serem mais intensas norteou os pressupostos do presente trabalho, cujo objetivo se pautou no mapeamento geomorfológico da bacia do rio Paraibuna (MG), que dá aporte a maior parte do sítio urbano de Juiz de Fora, cidade de maior expressão espacial na Zona da Mata Mineira. A interpretação da espacialidade do relevo, estreitamente relacionada com as lógicas de organização do espaço vigentes ao longo da história de ocupação territorial, demandou o reconhecimento e representação cartográfica de fatos geomórficos antropogênicos interpenetrados aos sistemas geomorfológicos mais próximos de sua integridade original, congregando informações que remetem a um estágio atual de perturbação e realçando a aplicação deste documento cartográfico no planejamento e gestão territorial. O trabalho deu conta de mapear unidades geomorfológicas ordenadas em padrões de formas semelhantes segundo os modelados de dissecação e agradação identificados e seus aspectos morfométricos fundamentais (declividade, profundidade de dissecação e dimensão interfluvial). Em um segundo nível de abordagem, foi empreendida a inserção de símbolos representativos de feições morfológicas e processos atuais (escarpas, focos erosivos, capturas, áreas de mineração), permitindo uma interpretação abrangente do relevo da área de estudo em suas formas e processos, pretéritos e atuais PALAVRAS-CHAVE: Morfologia antropogênica; cartografia geomorfológica; município de Juiz de Fora; gráben do rio Paraibuna. ABSTRACT The conception that the urban areas configure spatialities in which the transformation of the natural systems tends to be more intense guided the presuppositions of the present work which objective was based in the geomorphological mapping of the Paraibuna river basing (Minas Gerais) contributing to the most part of the urban site of Juiz de Fora, city of biggest spatial expression in Zona da Mata of Minas Gerais. The interpretation of the relief spatiality strictly related with the logics of space organization prevailing during the history of territory occupation demanded the recognition and cartographic representation of anthropogenic geomorphic facts interpenetrated to the geomorphological system closer to its original integrity congregating informations that remit to a current stage of disturbance and enhancing the appliance of this cartographic document in the territorial planning and management.The work did the mapping of geomorphological unities ordered in patterns of similar forms according to the modeleds of dissection and agradation identified and its fundamental morphometrics aspects (declivity, depth of dissection and interfluvial dimension). In a second level of approach it was engaged the insertion of representative symbols of morphological lineament and recent processes (scarps, ravines, erosives focuses, captures, minning areas), enabling an embracing interpretation of the relief of the area of study in its forms and pr...
Os estudos concernentes à neotectônica intraplaca têm interpretado o papel dos esforços deformacionais recentes na evolução do relevo e da drenagem, conforme tem ocorrido em bordas cratônicas como os cinturões móveis reativados durante a separação da Placa Afrobrasileira e ao longo do Cenozoico. No sudeste brasileiro, o período neotectônico, estabelecido a partir da primeira fase deformacional das estruturas vinculadas ao rifte sudeste, tem forjado reorganizações nos sistemas geomorfológicos e engendrado o surgimento de redes de drenagem referenciadas nos níveis de base pregressamente estabelecidos, como o rio Paraíba do Sul e o próprio Oceano Atlântico. A bacia do rio Paraibuna partilha de um conjunto de bacias hidrográficas geradas nessas primeiras fases de reativação firmadas entre o Oligoceno e o Mioceno, apresentando heranças das estruturas preteritamente formadas e evidências de tectônica ativa, cuja conjugação foi estabelecida mediante uma compartimentação morfoestrutural e morfotectônica, que, comparadas, confirmaram a atuação esperada de diferentes controles e desvelaram especificidades acerca da tectônica ativa vigente na região.
As altas cristas da Mantiqueira Meridional figuram como estruturas festonadas pela rede de drenagem que demanda indiretamente o Oceano Atlântico, figurando como uma unidade morfoestrutural cuja geomorfogênese coaduna retração erosiva de escarpas a processos diastróficos morfotectônicos, encerrando um sistema geomorfológico de alta complexidade, onde os efeitos neotectônicos se sobrepõem às expressões geomorfológicas regionais forjadas em estruturas antigas reativadas durante o rifte Continental do Sudeste do Brasil. Com base em abordagens metodológicas voltadas para as interpretações morfoestruturais e morfotectônicas, a pesquisa aqui divulgada identificou importantes aspectos da tectônica ativa atuando na evolução do relevo regional, cuja espacialidade é estabelecida pelas superfícies de base, pela configuração da drenagem e padrão de lineamentos, pelo reconhecimento e mapeamento de feições morfotectônicas e interpretação de seu significado, bem como pela compartimentação da área segundo seu significado morfoestrutural e morfotectônico.
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