En el artículo, tengo como propósito principal discutir las transformaciones del trabajo en el comercio popular en São Paulo, llevando en cuenta las recientes políticas de formalización y transición de estas actividades de las calles para las galerías. Busco discutir los efectos de estas transformaciones desde trayectorias sociales de trabajadores, demarcadas por nuevas experiencias de trabajo en el comercio popular y nuevos significados dados a la ocupación. En el contexto actual, podemos considerar que los análisis que explican el comprometimiento en el comercio popular como reacción provisoria a la experiencia del desempleo parecen insuficientes, puesto que observamos la introducción de gran contingente de trabajadores a estas ocupaciones con expectativas de permanencia y ascensión social. Además, la circulación del discurso emprendedor también amerita atención cuando se intenta comprender los nuevos sentidos del trabajo en estos mercados populares. El texto está fundamentado en investigación realizada por dos años junto a trabajadores comprometidos en el comercio popular en la ciudad de São Paulo. Metodológicamente, la investigación se constituye en observación del trabajo en galerías comerciales en el barrio del Brás, en conjunto con la realización de entrevistas que objetivaron recuperar las trayectorias sociales de los agentes. El artículo está organizado de modo a que primero se presenten el objeto y el espacio de la investigación; luego, se presentan dos trayectorias de trabajadores entrevistados; de ahí, se desarrolla una reflexión acerca de una posible transición de lo que quedó conocido como ética del trabajo, muy relacionada a la lógica salarial, a una ética del trabajador, del saber trabajar, en que se celebra la capacidad de lograr éxito aun en un ambiente de inseguridad e instabilidad.
Resenha de Flip-flop: a journey through globalisation’s backroads
Resumo: Neste texto pretendemos analisar o trabalho informal no setor calçadista no Estado de São Paulo e seu crescimento a partir dos processos de deslocamento industrial e generalização da terceirização. Buscamos, também, verificar a influência dos discursos sobre empreendedorismo na valorização do trabalho autônomo. Para tanto, assumimos como recorte o estudo de unidades produtivas informais (bancas) em três polos produtivos do Estado marcados por grande informalidade: Franca, Jaú e Birigui. A partir de estudos de caso, buscamos conhecer as diversas condições de realização do trabalho informal, dedicando especial atenção às manifestações do discurso empreendedor por parte dos trabalhadores. Se, por vezes, o trabalho autônomo informal nas bancas traveste-se de empreendedorismo, dando um verniz modernizador a uma situação de precariedade não mais vista como transitória, mas constituinte das novas e flexíveis formas de organização do trabalho, muitos são os casos em que a ocupação é percebida na sua evidente precariedade, tratando-se de uma espécie de "empreendedorismo por necessidade".
More often than not, the idea of 'informal commerce' is associated with precariousness, informality, illegality, and poor product quality. This is the common representation of this market historically and systematically built based on everyday conversation, official discourse, and the media, which also tends to reinforce the aspects of insecurity and disorder of the spaces and marginality of those involved to describe it. Based on interviews, media coverage, and ethnographical observation of business practices carried out by a group of traders, the objective of this paper is to analyze the transformations this market has gone through in recent years and reflect upon the reasons for, and the effect of, new regulatory strategies that were put in place. I shall discuss this transformation in light of the concept of enterprisation of informal commerce (i.e., the application of enterprise models to such business activities), which have been transforming spaces, regulations, and even workers' conducts, perceptions, and expectations. I hereby argument that regulatory strategies have been set forth based on a double narrative that responds to both economical exploitation interests and the discourse against certain illegal activities, and that this resulted in a process of labor gentrification.1 Once a predominantly rural area, Brás turned into a working-class neighborhood, then a center for Italian immigration, and afterward a destination for intense migration from the northeast of Brazil, which gave rise to one of Latin America's largest and most important informal markets. Factories fled from Brás in 1970, which led to fewer job opportunities, reduction in population, physical deterioration, and abandonment of industrial barns. Thanks to the permanence of clothing manufacturers in the area, this shift resulted in the intensification of economic activities related to services, wholesaling, and retail. There was also an increase in the number of street vendors, who took advantage of the great circulation of people between train, metro, and bus stations. This is a quick overview of how Brás came to be. For practical reasons, I opted for keeping this description short, even though I believe knowing its history is important to understand the current setup and dynamics of the informal commerce in the area. For additional information regarding the neighborhoods' development, refer to the following references: For a historic background of Brás as a prominent industrial district, see Torres (1981); for the impact of Italian immigration in the area, see Andrade (1994); for the migration from the northeast of Brazil and its relation to the informal commerce, see Gomes (2006). 2 In 2017, the homicide rate in Brás was 38.76 per 100,000 inhabitants overall and 133.45 per 100,000 inhabitants for youngsters.This makes it the subdistrict with the highest number of homicides in São Paulo, according to Rede Nossa São Paulo's Inequality Map. However, Brás' population density is among the smallest in the city, which makes it necessary to r...
Este texto apresenta descrições e reflexões acerca do trabalho de campo de uma pesquisa focada no trabalho informal na indústria de calçados, muitas vezes realizado no ambiente domiciliar dos trabalhadores. O estudo é situado nas cidades de Franca, Jaú e Birigui, três grandes polos produtivos do Estado de São Paulo, onde, a partir de estudos de caso em unidades produtivas informais (bancas), procuramos conhecer as condições em que o trabalho é realizado na informalidade. Buscamos analisar, fundamentalmente, a influência dos dis- é realizado na informalidade. Buscamos analisar, fundamentalmente, a influência dos dis- realizado na informalidade. Buscamos analisar, fundamentalmente, a influência dos discursos sobre empreendedorismo na legitimação do trabalho autônomo informal. O presente artigo relata os caminhos pelos quais a pesquisa foi conduzida e as dificuldades encontradas, sobretudo para o acesso às bancas informais em um contexto de crescimento da fiscalização.
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