O presente estudo teve por objetivo avaliar a presença de LER/DORT (lesões por esforços repetitivos/distúrbios osteomusculares relacionados ao trabalho) entre os funcionários dos serviços gerais do Campus Dom Bosco da Universidade Federal de São João del-Rei. Trata-se de um estudo original, com delineamento transversal, em que a amostra foi composta por 24 funcionários, os quais foram submetidos à aplicação de uma ficha de anamnese, avaliação postural e realização de testes clínico-ortopédicos específicos. Os dados foram analisados pelo programa GrhamPrism 5.0, considerando o nível de significância de 5%. Os resultados demonstraram que existe alta incidência de distúrbios musculoesqueléticas entre os funcionários avaliados. As alterações posturais mais encontradas foram: as protrusões e inclinações da cabeça, elevações dos ombros, escápulas elevadas e aladas, hipercifose torácica, retificação torácica, hiperlordose lombar, escoliose, joelhos em valgo, varo e recurvatum e calcâneosem valgo. Deste modo, infere-se que a alta incidência de alterações posturais pode estar relacionada a atividade exercida pelo servidor, bem como a postura que este adota ao realizar tais atividades. Tal fato aponta a necessidade da realização de intervenções terapêuticas e preventivas que visem minimizar e prevenir tais danos nessa população.
Introdução: Os Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho (DORT) ou Lesões por Esforços Repetitivos (LER) são as desordens que surgem por alterações musculares, nervosas, tendinosas, ligamentares, articulares e cartilaginosas, resultando em inflamação e degeneração, que afetam o sistema musculoesquelético. Devido à sobrecarga articular, certos profissionais, como os de marcenaria, apresentam maior propensão ao desenvolvimento de LER/DORT, já que posturas estáticas e movimentos ergonomicamente incorretos desencadeiam alterações osteomusculares significativas. Nesse sentido, a Associação de Proteção e Assistência a Condenados (APAC) tem como um de seus princípios o trabalho, como forma de ressocialização e reintegração do condenado à sociedade e, dentre eles, existe a marcenaria/carpintaria como laborterapia. Objetivo: O presente estudo tem como objetivo avaliar a incidência de DORT/LER entre os marceneiros da APAC do município de São João Del-Rei/MG. Método: Foi realizado um estudo com delineamento transversal com 10 recuperandos que trabalham, exclusivamente, na função de marcenaria/carpintaria, do sexo masculino e idade entre 23-55 anos. Para avaliar a incidência de LER/DORT, foi aplicado o Questionário Nórdico de Sintomas Osteomusculares (QNSO), com perguntas sobre a existência de desconforto, dor ou dormência nas regiões da cabeça, pescoço, ombros, região torácica, cotovelos, região lombar, punhos, mãos, coxas, joelhos, tornozelos e pés, e perguntas sobre a existência de sintomas dolorosos, desconforto ou formigamento nos últimos 7 dias e 12 meses. Além disso, o QNSO também avalia o nível de dor, de 1 a 10 pontos, sendo 1 dor fraca e 10 dor forte. Foi também calculado o índice de massa corporal (IMC) de cada entrevistado, o peso corporal e a altura. Resultados: As médias de encontradas foram de 37,2 anos de idade; 82,45 kg de peso corporal; 1,76 m de altura, IMC de 26,7 kg/m², média de anos de trabalho prestados em marcenaria; 9,7 anos, horas de serviço semanal; 47,6h. Quanto à mão dominante para trabalho, 03 marceneiros eram canhotos e 07 destros. Todos os participantes queixaram-se de dor osteomuscular nos últimos 12 meses e as regiões com maiores porcentagens de queixas dolorosas foram a coluna cervical (20%), coluna lombar (40%), punho ou mão direita (40%) e tornozelos ou pés (30%). Quanto aos sintomas dolorosos nos últimos 07 dias, foram observadas maiores porcentagens de queixas em coluna lombar (40%) e tornozelos ou pés (30%). Para o nível de dor nos últimos 12 meses (pontuação 1 a 10), as maiores médias encontradas foram: região do pescoço (5,5), cotovelo direito (5,5), cotovelo esquerdo (5,5), região lombar (5,25) e tornozelos ou pés (6,33). Conclusão: As APACs parecem funcionar melhor do que o sistema prisional tradicional. Nota-se que os recuperandos marceneiros apresentaram dores relacionadas à ocupação e que as principais regiões acometidas, em ordem decrescente foram, lombar, punhos/mãos, tornozelos e pés, indicando que a atividade laboral em marcenaria/carpintaria exerce impacto nessas regiões.
As Lesões por Esforço Repetitivo ou Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho (LER/DORT) relacionam-se a condições de trabalho precárias e exaustivas. As LER/DORT afetam os trabalhadores de marcenarias, apresentando os seguintes sintomas: dor localizada, dor irradiada, parestesia, sensação de peso, fadiga, desconforto e perda de força. No município de São João Del-Rei e região, existe um grande número de trabalhadores autônomos em marcenarias. O objetivo do estudo foi avaliar a incidência de LER/DORT em uma amostra de marceneiros de São João Del-Rei/MG e região. O estudo é do tipo original, quantitativo e possui delineamento transversal. O número amostral foi de 29 marceneiros, submetidos à aplicação do Questionário Nórdico de Sintomas Osteomusculares (QNSO). Os critérios de inclusão foram ser trabalhadores de marcenarias de São João Del-Rei e região, que aceitaram participar da pesquisa e assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. Nos últimos 7 dias, 24,14% (n=7) dos participantes relataram dor, sendo que, 48,83% (n=13) desses relataram dor na região lombar. Nos últimos 12 meses, 27,59% (n=8) dos participantes relataram dor, sendo que, 37,93% (n=11) apresentaram dor no punho ou mão direita, 75,86% (n=22) na região lombar e 27,59% (n=8) nos tornozelos ou pés. Quanto a intensidade da dor em uma escala de 1 a 10, a média de intensidade da dor foi de 6.33 no cotovelo direito, 5.5 no cotovelo esquerdo, 5 na região torácica, 6.1 na região lombar, 6 nos tornozelos ou pés. As queixas principais foram as dores na região lombar, coluna cervical, tornozelos e pés. Conclui-se que a marcenaria leva a sobrecarga articular e muscular, sendo que as instruções ergonômicas podem auxiliar na manutenção da saúde laboral.
O indivíduo constrói sua identidade em um contexto atravessado por ideologias e normativas propostas pela cultura a qual pertence, podendo recorrer a dietas extremas, práticas de atividade física extenuantes, uso de medicações, e outros hábitos potencialmente danosos para alcançar um objetivo estético. Dada a complexidade do desenvolvimento dos hábitos alimentares extremos e dos transtornos alimentares, são englobados fatores psicossociais como vivências, sentimentos e cotidiano, que por sua vez são fonte de fatores predisponentes, precipitantes e mantenedores do processo saúde-doença do indivíduo. Considerando a rotina dos estudantes de medicina e o acesso à informação na área da saúde, propõe-se analisar o desenvolvimento de hábitos alimentares extremos em adultos jovens dos cursos de medicina da cidade de São João del Rei – MG. Por meio de metodologias qualitativa e quantitativa, foram selecionados sete voluntários a partir dos escores obtidos na aplicação do questionário Eating Attitudes Test (EAT-26). A coleta de dados foi realizada por meio de entrevista, com base na História Oral Temática e cinco perguntas norteadoras. A análise de dados seguiu os critérios da Análise de Conteúdo de Bardin. Os entrevistados consideram que seus hábitos alimentares extremos estão ligados à cobrança social e familiar, mecanismos de compensação e culpa, fenômenos psiquiátricos, influência digital, pandemia de COVID-19 e assistências profissionais. Foram encontradas variações de discurso quanto à influência positiva ou negativa desses fatores no desenvolvimento de hábitos alimentares extremos.
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