A quantificação da biomassa e do carbono é importante para a avaliação do potencial de fixação em espécies florestais. Como se sabe, parte da biomassa corresponde ao carbono que pode ser convertido ao equivalente de CO 2 para aplicação em projetos de Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL) e outros mercados de carbono. Este trabalho teve como objetivo avaliar os teores de carbono de cinco espécies florestais usadas em projetos de reflorestamento, nos seus cinco compartimentos da biomassa: raízes, madeira, casca, galhos e folhagem. A análise de variância entre os teores de carbono das espécies e dos compartimentos mostrou variação entre 39 e 49%, e indicou diferenças significativas entre os teores das espécies e dos compartimentos. Ficou comprovado que precisam ser tratados de forma específica os teores por espécies e por compartimentos quando da realização das estimativas para projetos.
O presente estudo teve como objetivo avaliar anualmente a dinâmica da fixação do carbono na biomassa arbórea em Floresta Ombrófila Mista Montana ao longo de uma década. Foram utilizados dados de inventário florestal contínuo advindos de quatro parcelas permanentes de um hectare cada, localizadas em General Carneiro, PR. O período de coleta dos dados iniciou em 1999 e foi concluído em 2009. A estimativa de biomassa arbórea acima do solo no ano de 1999 foi de 178,5 t.ha-1, atingindo valores de 186,75 t.ha-1 e obtendo um IPA da ordem de 0,75 t.ha-1.ano-1. Dessa forma, as estimativas de carbono estocado no fragmento avaliado foram de 74,07 t.ha-1, atingindo, após uma década, 77,53 t.ha-1. Conclui-se que a floresta mostrou, nas condições vigentes, baixa capacidade em fixar carbono, com uma taxa de incremento anual da ordem de 0,31 t.ha-1.ano-1. No entanto, embora a floresta apresente um baixo incremento anual de carbono, pode ser caracterizada como um sumidouro do mesmo, devido ao estoque de carbono existente em sua biomassa florestal. Dessa forma, mesmo uma floresta próxima da estagnação em termos de fixação de carbono pode proporcionar benefícios socioambientais, entre outros, na forma de sumidouros de carbono.Palavras-chave: Biomassa florestal; estoque de carbono; dinâmica de comunidade.AbstractA decade of carbon sink dynamics in biomass in mixed rain forest in the south of Paraná. This research aims to evaluate, annually, dynamics of carbon sink in Montana Ombrophilous Mixed Forest along a decade. The data is from four permanent continuous inventory plots of one hectare each, located in General Carneiro - PR. The data collection began in 1999 and was completed in 2009. The above-ground tree biomass estimated in 1999 was 178.5 t ha-1, reaching values of 186.75 t.ha-1, with an annual biomass growing 0.75 t ha-1. year-1. Therefore the stored carbon in the focused fragment was estimated at 74.07 t.ha-1; a decade after it reached 77.53 t ha-1 of stored carbon. As result, the forest revealed, under the prevailing conditions, low capacity to fix carbon, with an annual increase rate of 0.31 t ha-1.year-1. However, although the forest presents low annual carbon increase it can be characterized as a carbon sink, due to the existing carbon stock in the forest biomass. Therefore, even a forest near to stagnation in relation to carbon sink can still perform its environmental service.Keywords: Forest biomass; carbon stock; community dynamics.
ResumoOs métodos para a estimação do carbono no solo e na vegetação são críticos para as estimativas, geralmente são onerosos e envolvem muito trabalho de campo e de laboratório. Essa justificativa reforça a necessidade de uma metodologia rápida e de simples operação e resposta. Dessa forma, o objetivo deste trabalho é validar a utilização do infravermelho para gerar estimativas que possam satisfazer as premissas de rapidez e baixo custo nas estimativas com alta correlação aos teores reais de carbono encontrados na biomassa. Para que este trabalho fosse realizado, foram comparados os teores provenientes da análise de carbono pelo método da combustão e pelas estimativas provenientes da análise do infravermelho (NIR). Os espectros sofreram diferentes pré-tratamentos antes da modelagem, para obtenção dos teores de carbono. Com relação aos teores de carbono encontrados na espécie em questão, eles oscilaram entre 35,87% e 45,58%, com uma média geral para os teores de 42,63%. O modelo que melhor representou as variações dos teores de carbono foram os espectros que sofrerem o pré-tratamento através da aplicação da segunda derivada, resultando em um erro de validação interna de 0,822 e um coeficiente de calibração (R²) 0,764. Palavras-chave: Bambu; Nir; método não destrutivo. Abstract Carbon yeld estimation by infrared spectroscopy in Merostachys skvortzovii (Bambusoidae).The estimation methods for the soil's and vegetation's carbon are critical for the estimates, they are often expensive and involve too much field work and laboratory, reinforcing the need for a methodology of rapid and simple operation and response. So, the objective of this research is to validate the use of infrared analysis to generate estimates that can satisfy the assumptions. The concentrations of carbon from the analysis by the combustion method were compared to the estimates derived from the infrared analysis (NIR), the spectra experienced different pretreatments before modeling in order to obtain the carbon content. In relation to carbon content found in the concerned species, they ranged between 35.87% and 45.58% with an overall average for the contents of 42.63%. The model that better represented variations of the carbon were the spectra under pretreatment by applying the second derivative, resulting in a validation error of 0.822 and an internal calibration coefficient (R ²) of 0.764. Keywords: Bamboo; Nir; Non-destructive method. INTRODUÇÃOLevantamentos de biomassa e carbono tornam-se cada vez mais importantes para obtenção de um panorama local e nacional sobre a potencialidade de fixação e o comportamento da quantidade de carbono que pode estar presente na biomassa.As florestas têm sua importância destacada, já que elas constituem o maior reservatório de carbono de todos os ecossistemas terrestres e funcionam, em muitos casos, como sumidouros de carbono, o que corrobora a sua inclusão em projetos no Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL). Entretanto, a fim de que se possa avaliar o potencial para a geração de créditos de carbono, é de f...
Modelagem do estoque de carbono para Mimosa scabrella Benth. localizadas no Paraná [I] Modeling of carbon stock for Mimosa scabrella Benth. located in Paraná, Brazil [a] Biólogo, doutorando pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), Curitiba, PR -Brasil, Resumo A grande quantidade de poluentes emitidos diariamente na atmosfera tem ocasionado à intensificação dos gases de efeito estufa (GEE). Esses gases, somados ao desmatamento e às queimadas, contribuem com as alterações climáticas. A alternativa mais conhecida para combater essa mudança do clima é a fixação de carbono na biomassa florestal, seja pelo plantio de florestas, podendo ser associado com a recuperação de áreas degradadas, ou a simples conservação dos estoques existentes em florestas naturais. Essas ações são conhecidas como sequestro de carbono. Neste sentido, o presente trabalho teve como objetivo modelar o estoque de carbono por meio de ajustes de diferentes modelos para a espécie Mimosa scabrella Benth., realizando também a determinação do fator de expansão de biomassa e a razão de raízes. A equação que apresentou melhor ajuste foi com base no modelo proposto por Schumacher-Hall, obtendo boas estatísticas, apresentando um R² aj de 0,991 e S xy% de 10,541%. De acordo com análise realizada no presente trabalho, o FEB médio (1,41) não apresentou aumento em função da idade, seguindo uma tendência média ao longo dos anos, tendo poucas oscilações durante o período. A mesma observação pode ser feita com o R, que apresentou valor médio de 0,18. Desse modo, recomenda-se a utilização da modelagem para estimativa do estoque de carbono para a espécie Mimosa scabrella. Contudo, a utilização do FEB e R proporcionam estimativas confiáveis para obtenção da biomassa, podendo assim, utilizar o teor médio ponderado de carbono para a estimativa do estoque do mesmo para a espécie em questão.Palavras-chave: Classificação de sítio. Mudanças climáticas. Gases de efeito estufa. Biomassa florestal.Rev. Acad., Ciênc. Agrár. Ambient., Curitiba, v. 11, Supl. 1, p. S121-S129, 2013 MOGNON, F. et al. 122só é benéfico, mas imprescindível para a manutenção da vida na Terra (BALBINOT et al., 2003).No entanto, com o aumento da concentração destes gases de efeito estufa, ocasionado principalmente por atividades antrópicas, cientistas do mundo todo têm se preocupado em desenvolver estudos em busca de alternativas que minimizem a concentração destes gases. Uma alternativa já reconhecida e amplamente estudada é a fixação de carbono em florestas, visto que as florestas plantadas ou naturais são grandes sumidouros de carbono.De acordo com Schumacher et al. (2001( apud WATZLAWICK, 2006, o sequestro de carbono proporciona a remoção do dióxido de carbono da atmosfera que ocorre por fotossíntese nos vegetais e a sua liberação no processo de respiração, sendo parte desse carbono armazenado nos diversos componentes das plantas, ficando assim fixado nela. Segundo Balbinot et al. (2003), o conceito de fixação de carbono normalmente se relaciona com a ideia de armazenar reservas de carbono e...
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