Resumo Em 2014, na Baixada Santista, ocorreu o linchamento de uma jovem de 33 anos, episódio deflagrado por meio do compartilhamento em redes sociais do boato da existência no bairro de Morrinhos, em Guarujá (SP), de uma suposta bruxa sequestradora de crianças que realizava “rituais de magia negra”. Esse episódio ganhou importante atenção da imprensa nacional, sendo destacado - em parte relevante das reportagens - que a jovem espancada e morta era bastante conhecida na comunidade e fazia tratamento para uma doença psiquiátrica que desencadeava crises nas quais ela “perdia a noção de realidade”. Este artigo tem como objetivo apresentar uma análise do contexto sociocultural relacionado a esse acontecimento: o linchamento de uma mulher com transtorno mental. Foram utilizados os métodos e as técnicas de pesquisa tradicionais da antropologia; entre eles, observação etnográfica densa e entrevistas em profundidade com moradores de Morrinhos. A análise do material permitiu apontar que a violência é vivamente presente no local e está diretamente relacionada aos conflitos cotidianos e às disputas sociais existentes no bairro, destacando-se a violência contra o doente mental. A propagação de boatos é frequente nesse local e possui importante papel em manter certo equilíbrio nas relações sociais. Nesse contexto, pode-se considerar que a ocorrência do linchamento se configurou como um fato que, em grande medida, foi capaz de representar uma condensação desses elementos - os boatos, a estigmatização e a violência - e, assim, os expôs despidos em sua forma mais bruta.
Introdução: O tratamento farmacológico da esquizofrenia com a associação de antipsicóticos é uma prática bastante comum, ainda que não haja evidências científicas consolidadas que a fundamentem, tampouco haja orientação nesse sentido, nas diretrizes de tratamento clínico. Objetivo: Avaliar os benefícios e os riscos do uso da associação de antipsicóticos em comparação ao uso de antipsicótico em monoterapia para o tratamento de esquizofrenia. Metodologia: Foi realizada uma revisão na literatura em busca de estudos científicos que comparassem o uso de antipsicóticos em monoterapia com a associação de antipsicóticos para o tratamento da esquizofrenia. Resultados: Na maioria dos estudos não houve diferenças no controle de sintomas entre os grupos. No entanto, observou-se menor frequência de reagudizações de sintomas e redução das hospitalizações nos pacientes em tratamento com antipsicótico em monoterapia. Além disso, houve menos efeitos adversos em pacientes com essa opção terapêutica. A adesão foi menor com a troca do tratamento com associação de antipsicóticos para antipsicótico em monoterapia. Porém a mudança foi bem tolerada, sendo que, em quase todos os pacientes, foram observados resultados favoráveis. Conclusões: O tratamento da esquizofrenia e do transtorno esquizoafetivo com antipsicótico em monoterapia apresenta um controle de sintomas semelhante ao tratamento com associação de antipsicóticos. Entretanto, em monoterapia é menor a ocorrência de efeitos colaterais, reagudizações e hospitalizações. Portanto, esta revisão reforça que, na prática clínica, o tratamento farmacológico da esquizofrenia, assim como do transtorno esquizoafetivo, deve priorizar uso de antipsicóticos em monoterapia.
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