No período Quaternário, o Sul do Brasil passou por instabilidades paleoclimáticas que geraram mudanças nas paisagens. Estudos pedológicos, sedimentológicos e de reconstrução paleoambiental têm sido desenvolvidos pelo grupo Gênese e Evolução de Superfícies Geomórficas e Formações Superficiais (UNIOESTE-FB) para investigar a hipótese da influência paleoclimática na configuração da paisagem do Sudoeste do Paraná e Noroeste de Santa Catarina. Visando contribuir com estes estudos, objetiva-se especificamente investigar possíveis mudanças na comunidade de plantas que compunha a paleovegetação da região. Para isso são empregadas análises isotópicas (δ13C da matéria orgânica do solo e datação 14C da fração humina) e pedológicas. As análises físicas e químicas de solo permitiram caracterizar e classificar o solo estudado como um Cambissolo húmico. Os valores de δ13C da MOS variam de -16,23‰ a -23,61‰. Assim é possível inferir que este solo registra uma fase em que a vegetação era formada por uma comunidade predominantemente de plantas C4 (vegetação mais aberta que atual), possivelmente no Holoceno Médio (6.235-6.215 anos Cal. AP), evoluindo para uma vegetação mista, mais florestada e semelhante a atual, composta predominantemente por plantas C3 no Holoceno Tardio (de 840 e 835 anos cal. A.P) que evoluiu para a atual Floresta Ombrófila Mista.
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