Investiga-se o trauma a partir da figura da vítima, uma das marcas da cultura atual. O objetivo é examinar a mudança no tratamento dispensado aos sujeitos tidos como traumatizados na passagem da modernidade freudiana para a contemporaneidade a partir de narrativas que versam, nos dois momentos, sobre experiências consideradas traumáticas. Conclui-se que há uma sensível diferença entre a noção freudiana de trauma, que remete ao excesso, ao inesperado, e aquela de traumatismo, um evento socialmente legitimado como produtor de vítimas. Ainda, sustenta-se a atualidade da clínica psicanalítica na sua potência para ultrapassar a identidade vitimizada e valorar os destinos sempre singulares do trauma.
ResumoEste artigo busca circunscrever a escola na contemporaneidade a partir de uma análise crítica do bullying. O objetivo é desdobrar esse fenômeno em quatro eixos principais, investigados por meio de uma revisão bibliográfica: a crise da autoridade docente, o discurso de vitimização, a judicialização da vida e o apelo aos especialistas, dentre os quais o profissional de Psicologia. Conclui-se que a escola constitui um espaço-tempo que produz subjetividades e, como tal, apresenta poderes e resistências, em um movimento sempre pendular que ora adere aos discursos hegemônicos -como o que versa sobre bullying -ora é capaz de a estes resistir. Palavras-chave:Escolas; contemporaneidade; bullying. School in contemporary: a critical analysis of bullying AbstractThis article searches to circumscribe the school in contemporary society from a critical analysis of bullying. The aim is to show this phenomenon into four main subject-matter, investigated through a literature review: the teaching authority crisis, the discourse of victimization, the use of laws to control the life and the appeal to experts, among them the professional psychology. It concludes that the school provides a kind of space and time that produces subjectivities and as such has powers and resistance, sometimes with a tendency toad here to the hegemonic discourses -as to what is about bullying -sometimes is able to resist these.Keywords: Schools; contemporaneity; bullying. La escuela en la contemporaneidad: un análisis crítico del bullying ResumenEste artículo busca circunscribir la escuela en la contemporaneidad a partir de un análisis crítico del bullying. El objetivo es desdoblar ese fenómeno en cuatro ejes principales, investigados por medio de una revisión bibliográfica: la crisis de la autoridad docente, el discurso de victimización, la judicialización de la vida y el llamado a los especialistas, entre los cuales el profesional de Psicología. Se concluye que la escuela constituye un espacio-tiempo que produce subjetividades y, como tal, presenta poderes y resistencias, en un movimiento siempre pendular que ya adhiere a los discursos hegemónicos -como el que versa sobre bullying -ya es capaz de resistir a estos.Palabras clave: escuelas; contemporaneidad; bullying.
Este artigo busca analisar as demandas contemporâneas endereçadas à clínica e sua relação com a cultura de medicalização da vida. Para alcançar esse objetivo, optou-se pela realização de um levantamento bibliográfico relativo ao termo medicalização. Adotou-se a visão trazida por Ivan Illich e Peter Conrad por entender que ambos os autores fomentaram, ao longo de sua obra, um importante desenvolvimento da abordagem crítica referente ao tema. Por fim, busca-se analisar algumas demandas atuais no campo da clínica psicológica à luz de uma crítica sobre o processo de medicalização.
O objetivo deste artigo é abordar as contribuições ferenczianas acerca do trauma para enaltecer a pluralidade do psiquismo, seja formado por traços psíquicos representados ou por marcas traumáticas que extrapolam o campo da representação. Por conseguinte, propõe-se que as vertentes estruturante e desestruturante do trauma sejam compreendidas não como predicados de diferentes tipos de trauma, mas como movimentos inerentes à constituição psíquica. Assim sendo, a clínica psicanalítica deve extrapolar um modelo estanque de psiquismo para contemplar as produções subjetivas que se dão na outra cena da representação, dentre elas a dimensão sensível da linguagem.
RESUMO Este artigo objetivou investigar narrativas de mulheres brasileiras que trabalham como profissionais de saúde no contexto da pandemia de Covid-19. Parte de uma pesquisa que discute as repercussões subjetivas desse contexto, a partir da perspectiva de gênero, para a qual foi construído um questionário on-line, que convida as mulheres a narrar suas vivências. A investigação foi desenvolvida no âmbito da psicologia, articulando os métodos psicanalítico e fenomenológico, aliados às teorias feministas, em prol de uma análise crítica e situada de fenômenos contemporâneos. A análise qualitativa dos relatos de 602 mulheres levou a diferentes aspectos, dentre os quais se destaca a intensificação das exigências de cuidado, seja no âmbito familiar, seja no âmbito profissional, o que as leva a desconsiderar o autocuidado. Ao mesmo tempo, a exposição ao risco e o medo constante parecem levar à ocorrência de um contágio psíquico a partir do contato com os pacientes acometidos pela Covid-19, o que produz sofrimento intenso. Os resultados evidenciam como as questões de gênero repercutem nas mulheres que trabalham na área da saúde, reafirmando a necessidade de considerar as especificidades desse público na elaboração de políticas públicas e dispositivos de atenção em saúde mental.
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