O objetivo deste artigo foi pesquisar o modelo de produção Upcycling sob a perspectiva da inovação e da ética para a sustentabilidade. Com o uso desse modelo, as empresas transformam resíduos em novos produtos, criando um novo ciclo de vida com maior valor agregado, dentro dos preceitos da economia circular. A pesquisa é qualitativa, cujo método escolhido foi o estudo de caso em formato exploratório. Para a coleta de dados, foram realizadas entrevistas semiestruturadas e análise documental de três empresas de pequeno porte que adotaram o modelo como meio de produção. Os resultados indicaram que o upcycling ainda é um nicho e as empresas que o adotaram como meio de produção geram rentabilidade de forma alinhada aos preceitos éticos de consciência ambiental e preocupação com as gerações futuras. Trata-se de uma alternativa inovadora e ética para que as empresas consigam minimizarem ou anularem os seus impactos ao meio ambiente, mas requer que haja um desenvolvimento sistêmico no mercado para sua expansão. Considerando que o upcycling ainda é pouco desenvolvido no Brasil, a análise contribuiu para ampliar as investigações sobre o modelo.
O objetivo deste artigo foi compreender a cadeia de suprimentos da indústria têxtil e, de forma complementar: i) verificar as principais temáticas e teorias organizacionais que estão sendo aplicadas nos trabalhos acadêmicos, do campo da administração, sobre a indústria têxtil e a sua cadeia de suprimentos; ii) apontar trabalhos que tratam de iniciativas e estratégias de engajamento socioambiental do arranjo. Realizou-se uma pesquisa em formato “estado da arte” com a apreciação de 141 artigos científicos; 15 localizados no portal de periódicos Capes e 126 localizados diretamente nas páginas eletrônicas dos periódicos da área “Administração Pública e de Empresas, Ciências Contábeis e Turismo”, mais relevantes junto a Capes. A análise se concentrou na descrição da cadeia, na verificação de temas e teorias organizacionais aplicados para a compreensão do arranjo e na identificação de iniciativas de engajamento socioambiental. Após a análise, concluiu-se que foi possível entender a cadeia de suprimentos da indústria têxtil e apontar os temas/teorias organizacionais mais abordados na área analisada. As iniciativas socioambientais no arranjo foram evidenciadas, mas percebeu-se uma grande lacuna para pesquisas que podem envolver toda ou parte da cadeia do setor têxtil, ampliando a discussão dessa temática no campo da Administração.
O presente artigo investigou a Economia Circular (EC) e o passivo ambiental da indústria têxtil, na tentativa de responder o seguinte questionamento: Considerando o elevado impacto ambiental da indústria têxtil, de que maneira a adoção da EC pode ser transformada em alternativa para o lançamento estrutural do passivo ambiental de empresas do setor da moda em seus relatórios financeiros? Pretendeu-se, especificamente: (i) descrever os formatos de EC adotadas por empresas do setor da moda, (ii) identificar lançamentos estruturais de iniciativas socioambientais e (iii) identificar lançamentos estruturais do passivo ambiental. Este trabalho se justifica por discutir a problemática dos resíduos têxteis e as possibilidades alinhadas às dimensões da sustentabilidade no âmbito da indústria têxtil. A revisão teórica engloba discussões sobre sustentabilidade, economia circular e passivo ambiental. A coleta de dados se deu pela análise qualitativa de relatórios de três grandes empresas do setor da moda que já possuíam iniciativas de EC. Nos resultados, constatou-se que as empresas pesquisadas podem utilizar, de forma mais efetiva, as informações relacionadas aos gastos com iniciativas socioambientais e, também, incluir as informações acerca do passivo ambiental por meio do seu lançamento estrutural em relatórios financeiros. A EC, bem como a implementação de iniciativas socioambientais ao serem adotadas pelas empresas podem integrar as informações financeiras das organizações de forma a contrapor possíveis passivos ambientais e, assim, possibilitar a avaliação do nível do compromisso organizacional no que diz respeito à atuação em formato positivo para sociedade e limpo para o meio ambiente.
Este relato de experiência tem como objetivo descrever as ações e metodologias adotadas pelo projeto de extensão universitária “Ação multiplicadora: uma proposta de inclusão social e acessibilidade”, anos 2018 e 2019. As principais metodologias adotadas para o desenvolvimento das ações do projeto foram: pesquisa bibliográfica, entrevistas, preparação de materiais didáticos, seminários, exposições, observação e análise fílmica. O projeto contribuiu para ampliar as discussões acerca da inclusão social e acessibilidade das pessoas com deficiência e conscientizar atores sobre a necessidade de propiciar ambientes inclusivos, de socialização e acessíveis. Concluiu-se que o fortalecimento de projetos dessa natureza promove a reflexão da comunidade universitária e auxilia o processo de inclusão social e acessibilidade das pessoas com deficiência nas Instituições Federais de Ensino Superior.
Este artigo apresenta os resultados de uma pesquisa realizada na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) que buscou compreender o processo de implementação da Lei de Cotas, tendo como base teórica a Teoria Institucional. A Lei de Cotas alterou o formato institucional meritocrático de ingresso ao ensino, promovendo a democratização no acesso às universidades federais. A pesquisa detém natureza qualitativa, em formato descritivo. Adotou-se como método o estudo de caso em um recorte delimitado entre 2012 e 2020. A coleta de dados envolveu a análise documental e a realização de entrevistas semiestruturadas com dez gestores universitários. Para tratamento e análise dos dados, utilizou-se a análise de conteúdo. Nos resultados, constatou-se que o ambiente institucional da UFMG incorporou regulamentações importantes, as quais proporcionaram profundas adaptações organizacionais, o que possibilitou que a implementação da Lei de Cotas transcorresse de forma estruturada. Constatou-se, ainda, que o processo de adaptação organizacional às mudanças institucionais ainda transcorre. Ou seja, a institucionalização permanece dinâmica no tocante à compreensão do contexto social dos cotistas e à inclusão das pessoas com deficiência, não obstante as intercorrências ocasionadas pela pandemia.
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