O lançamento de metais pesados no meio aquático causa uma série de problemas para este ambiente. Por isso, o objetivo desse estudo foi verificar o nível de contaminação pelos metais chumbo (Pb), cobre (Cu), cromo (Cr), mercúrio (Hg), níquel (Ni) e zinco (Zn) no tecido muscular em espécies de diferentes níveis tróficos (Astyanax sp., Rhandia quelem, e Loricariichtys anus), nativos do Rio das Antas, comparando aos limites máximos de ingestão permitido pela legislação brasileira. Para as análises, os espécimes foram obtidos através da pesca em um ponto a montante do Reservatório da UHE Monte Claro, localizada no Rio das Antas – RS, BR. As análises de metais foram realizadas por meio de sistema digestão em micro-ondas e as leituras por ICP-OES (espectrometria de emissão ótica por plasma acoplado indutivamente). Os resultados das análises de tecido muscular dos peixes em estudo estão expressos em tabelas. Foi constatado que o metal Cr apresentou valores acima do limite permitido pela legislação brasileira, em todas as amostras. Enquanto Cu, Ni estão abaixo e para duas amostras de Zn os teores estavam acima do limite. Além disso, encontrou-se diferença significativa de acumulação do metais nos diferentes níveis tróficos, em relação aos metais Cu, Cr e Zn. No entanto, para que possa ser possível afirmar essa relação, outros estudos devem ser realizados visando explicar a dinâmica de interação desses metais nessa região, fazendo uso de uma amostragem maior e mais abrangente.

Resumo: Este artigo homenageia uma professora amiga e pesquisadora. Ou seria uma pesquisadora, amiga e professora? Essas dúvidas se evidenciam ao longo do artigo, pois o leitor verá como é difícil separar essas três dimensões. Nossa "alquimista" tem como uma de suas características compartilhar com os acadêmicos e colegas dos vários cursos de graduação e pós-graduação em que leciona todas as suas descobertas, entusiasmo e habilidades de pesquisa de forma intensa e amorosa. Apesar de seu extenso e impressionante currículo acadêmico e profissional, a professora Vania se destaca pela generosidade acadêmica e por "abraçar" as pessoas, colocando-as como iguais. Destacam-se, ainda, suas saídas à campo, sempre repletas de motivação, alegria e seriedade, seu labor incansável por equipar os laboratórios de pesquisa e/ou ensino em que atua e sua produção científica, fruto de muitos projetos de pesquisa aprovados por agências de fomento. Ela escreve e publica muitos artigos e tem organizado muitos eventos científicos importantes. Impressionante como o mar, Vania é aquela educadora que forma em qualquer espaço e a bióloga apaixonada que insiste em querer salvar o planeta e nos impõe um amor e uma responsabilidade pela qualidade ambiental e de vida.