INTRODUÇÃO: A sífilis congênita afeta muitas gestantes no Brasil, uma vez que, segundo o Departamento de informação do sistema único de saúde, foram diagnosticados e notificados no ano de 2018 acerca de 26.548 casos de Sífilis congênita. Ademais, a pandemia do COVID-19, que é uma infecção que provocou isolamento social no mundo todo, causou uma sobrecarga no sistema de saúde, justificado pelo aumento do número de pessoas doentes e infectadas por essa patologia e, consequentemente, o número de notificações de sífilis congênita apresentou tendência a decrescer, em especial pela falta da busca ao sistema de saúde. Outrossim, a sífilis é uma doença sexualmente transmissível, que também pode ser transmitida verticalmente, ou seja, da mãe para o bebê durante a gestação, que pode ser abstida com o diagnóstico e tratamento precoce da mãe infectada, durante a gestação, evitando assim as possíveis probabilidade de transmissão de Sífilis para o bebê. O presente estudo tem por objetivo comparar o número de casos notificados de sífilis congênita durante o período de pandemia do COVID-19 a 2 anos anteriores. METODOLOGIA: Trata-se de um estudo descritivo, retrospectivo, com abordagem quantitativa a partir de dados do departamento de informática do sistema único de saúde (DATASUS) sobre o número de casos notificados de sífilis congênita e sífilis gestacional no Brasil, no período de janeiro de 2018 a julho de 2021. Os critérios de inclusão foram gestantes com sífilis gestacional e RN com sífilis congênita de 2018 a 2021, enquanto os critérios de exclusão foram anos anteriores a 2018 e gestantes não reagente a sífilis gestacional. Os critérios utilizados para análise foram: número total de casos de sífilis gestacional e sífilis congênita por região, pela idade, pela escolaridade, pela raça, pelo sexo, pela realização de pré-natal e pela evolução do caso. RESULTADO E DISCUSSÃO: Houve uma significativa diferença entre o número de casos registrados de sífilis congênita, bem como de sífilis gestacional, entre os anos de 2018 e 2021, sendo observado uma certa semelhança entre a quantidade de casos informados nos anos de 2018, 2019 e 2020, todavia com uma baixa quantidade de casos no ano de 2021. Foi observado que há uma quantidade maior de casos sífilis congênita e de sífilis gestacional na região sudeste, em crianças com até seis dias de nascido, pessoas da raça parda e que não há diferença significativa na ocorrência dos casos quanto ao critério sexo. Além disso, a maioria das gestantes com sífilis gestacional realizou pré-natal, mas há um baixo percentual de gestantes com sífilis curadas, mas há um número elevado de crianças vivas. CONCLUSÃO: O presente estudo foi realizado com o objetivo de analisar e comparar a quantidade de casos de sífilis gestacional e congênita no período de 2018 a 2021, já que esse intervalo também compreende parte da pandemia da COVID-19, sob a justificativa de que possivelmente haveriam menos casos de sífilis gestacional e congênita nesse período, uma vez que durante a pandemia houveram menos testagem e muitos casos foram subnotificados, já que os círculos governamentais deram prioridade a resolução dos casos de COVID-19.
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