RESUMOOrganizações internacionais reportam que a produção mundial de fumo tem declinado ao longo dos últimos quinze anos entre os principais países produtores. Entretanto, o Brasil apresentou um incremento significativo de sua produção na última década, consolidando-se no segundo lugar como produtor mundial desde 2000. Por outro lado, percebe-se um aumento da mobilização e tomada de medidas em relação aos riscos decorrentes do consumo de tabaco em nível mundial; porém, aos riscos associados à produção a intensidade tem sido menor. Considerando que a percepção de risco é uma construção social ancorada na dimensão sociocultural e no efeito concreto produto de uma ação, o presente documento discute a percepção dos agricultores do Assentamento 25 de Maio sobre os riscos decorrentes da produção fumageira e examina a contribuição que esta reflexão coletiva sobre a percepção dos riscos aporta a um processo de reconversão produtiva por plantas medicinais, aromáticas e condimentares. Destaca-se que todas as famílias entrevistadas deixariam de produzir fumo, já que percebem esta atividade como a causa da deterioração de suas condições de trabalho e de saúde. Contudo, o retorno econômico que aparentemente a atividade gera é o fator que determina sua maior sensibilidade a esse tipo de risco. Todavia, a singularidade da pertença dessas famílias a um movimento social fortalece a percepção coletiva e reflexiva dos riscos da atividade fumageira e contribui como base para um processo de reconversão produtiva.Palavras-chave: percepção de risco; produção de fumo; assentamentos de reforma agrária; reconversão produtiva.
A Ciência no uso de produtos naturais para controle do vetor do vírus Zika (ZIKV).O vírus Zika (ZIKV) é um arbovírus emergente (família Flaviviridae, gênero Flavivirus), originalmente transmitido na África, que esta se dispersando rapidamente pelas Ilhas do Caribe e ao longo da América Central e do Sul
<div class="page" title="Page 1"><div class="layoutArea"><div class="column"><p><span>O objetivo deste trabalho é discutir a ação das mulheres na produção de alimentos a partir de plantas nativas e a importância da rede que as conectam em Mato Grosso do Sul. Como objetivos específicos, procuramos identificar e analisar: o histórico de projetos nesta temática; as demandas que surgiram nas comunidades extrativistas; as estratégias de criação e fortalecimento da rede que conecta as mulheres e seus saberes; os principais desafios para a construção da rede e a importância das mulheres em relação aos temas abordados. Os dados foram obtidos por meio de análise documental, com consulta a relatórios técnico-científicos (e sites) de projetos de extensão e de pesquisa produzidos pela Universidade Federal de Mato Grosso do Sul e ONGs. As pesquisas foram desenvolvidas a partir de observação participante e mapeamento participativo em comunidades rurais e urbanas. Todos os projetos (pesquisa ou extensão) que resultaram nos relatórios técnico-científicos foram desenvolvidos com a anuência dos representantes das comunidades. Os resultados mostram uma rede conectando as ações de mulheres da Ciência e de 34 comunidades rurais. Essa rede foi identificada em dez municípios do Estado de Mato Grosso do Sul, principalmente na região conhecida como Corredor do Extrativismo (conexão Cerrado/Pantanal). As mulheres têm trabalhado em projetos pioneiros de extração e comercialização de frutos nativos. Apesar das dificuldades, como a sobreposição ao trabalho doméstico, essas se estruturam e cooperam a partir das demandas locais. Elas se organizam em associações, cooperativas, redes ou projetos para tomar decisões, dar e receber treinamento e enfrentar o desafio de participar de feiras e outros eventos. </span></p></div></div></div>
O objetivo deste trabalho e? discutir a ac?a?o das mulheres na produc?a?o de alimentos a partir de plantas nativas e a importa?ncia da rede que as conectam em Mato Grosso do Sul. Como objetivos especi?ficos, procuramos identificar e analisar: o histo?rico de projetos nesta tema?tica; as demandas que surgiram nas comunidades extrativistas; as estrate?gias de criac?a?o e fortalecimento da rede que conecta as mulheres e seus saberes; os principais desafios para a construc?a?o da rede e a importa?ncia das mulheres em relac?a?o aos temas abordados. Os dados foram obtidos por meio de ana?lise documental, com consulta a relato?rios te?cnico-cienti?ficos (e sites) de projetos de extensa?o e de pesquisa produzidos pela Universidade Federal de Mato Grosso do Sul e ONGs. As pesquisas foram desenvolvidas a partir de observac?a?o participante e mapeamento participativo em comunidades rurais e urbanas. Todos os projetos (pesquisa ou extensa?o) que resultaram nos relato?rios te?cnico-cienti?ficos foram desenvolvidos com a anue?ncia dos representantes das comunidades. Os resultados mostram uma rede conectando as ac?o?es de mulheres da Cie?ncia e de 34 comunidades rurais. Essa rede foi identificada em dez munici?pios do Estado de Mato Grosso do Sul, principalmente na regia?o conhecida como Corredor do Extrativismo (conexa?o Cerrado/Pantanal). As mulheres te?m trabalhado em projetos pioneiros de extrac?a?o e comercializac?a?o de frutos nativos. Apesar das dificuldades, como a sobreposic?a?o ao trabalho dome?stico, essas se estruturam e cooperam a partir das demandas locais. Elas se organizam em associac?o?es, cooperativas, redes ou projetos para tomar deciso?es, dar e receber treinamento e enfrentar o desafio de participar de feiras e outros eventos.
Organizações internacionais reportam que a produção mundial de fumo tem declinado ao longo dosúltimos quinze anos entre os principais países produtores. Entretanto, o Brasil apresentou um incrementosignificativo de sua produção na última década, consolidando-se no segundo lugar como produtor mundialdesde 2000. Por outro lado, percebe-se um aumento da mobilização e tomada de medidas em relação aosriscos decorrentes do consumo de tabaco em nível mundial; porém, aos riscos associados à produção aintensidade tem sido menor. Considerando que a percepção de risco é uma construção social ancoradana dimensão sociocultural e no efeito concreto produto de uma ação, o presente documento discute apercepção dos agricultores do Assentamento 25 de Maio sobre os riscos decorrentes da produção fumageirae examina a contribuição que esta reflexão coletiva sobre a percepção dos riscos aporta a um processode reconversão produtiva por plantas medicinais, aromáticas e condimentares. Destaca-se que todasas famílias entrevistadas deixariam de produzir fumo, já que percebem esta atividade como a causa dadeterioração de suas condições de trabalho e de saúde. Contudo, o retorno econômico que aparentementea atividade gera é o fator que determina sua maior sensibilidade a esse tipo de risco. Todavia, a singularidadeda pertença dessas famílias a um movimento social fortalece a percepção coletiva e reflexivados riscos da atividade fumageira e contribui como base para um processo de reconversão produtiva.
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