A cistite hemorrágica e a cistite intersticial expressam uma etiologia variável, desde idiopática à provocada por fármacos, dentre eles a ciclofosfamida. A cistite apresenta tratamento multifatorial, e o potencial efeito satisfatório do uso da medicina complementar, vem ganhando espaço na prática médica. Assim o objetivo do presente estudo foi avaliar o efeito protetivo do extrato bruto de Echinodorus grandiflorus sobre a bexiga de ratos induzidos a cistite por ciclofosfamida. Utilizou-se neste estudo, 35 ratos, machos, Wistar, com peso médio de 321g, que foram submetidos a indução de cistite com uso de ciclofosfamida por via intraperitoneal e tratados com diferentes doses de extrato de Echinodorus grandiflorus (30, 100, 300mg) e o grupo controle com o fármaco Mesna.Todos os animais foram mortos no décimo sétimo dia e suas bexigas urinarias foram ressecadas para avaliação macro e microscópica, além da análise de hemograma e leucograma. A análise do sangue mostrou leucopenia com diferença significativa em todos os animais que receberam a ciclofosfamida. Observou-se que a dose de 300mg/kg do extrato bruto da planta, apresentou efeito protetivo no urotélio vesical, porém, inferior ao uso de Mesna. Diante dos resultados apresentados neste estudo sugere-se que o extrato de Echinodorus grandiflorus apresenta efeito protetivo no urotélio vesical na dose de 300mg/kg, porém estudos futuros quanto a dose e também a uma possível associação terapêutica ao Mesna devam ser realizados. Por se tratar de uma patologia com prevalência importante e ser muitas vezes desagradável e limitante à vida, faz-se necessário o empenho em métodos terapêuticos alternativos aos atuais, afim de, diminuírem os custos e efeitos colaterais dos métodos já documentados.

Pelas características anatômicas e fisiológicas dos rins, a lesão renal aguda tem sua origem nefrotóxica pela alta circulação local, o que favorece a alta concentração de substâncias tóxicas e seus metabólitos no tecido. A lesão renal aguda é uma complicação comum em internações hospitalares e principalmente em internações em unidades de terapia intensiva. A ciclofosfamida, um quimioterápico utilizado no tratamento de doenças autoimunes e neoplasias sólidas, pode causar nefrotoxicidade com disfunção glomerular e tubular. O uso de plantas medicinais, pelas suas potentes ações antioxidantes, tem sido usado para prevenção ou tratamento de lesões celulares induzidas pelo desequilíbrio entre enzimas antioxidantes e oxidantes. Por esse motivo, o objetivo do experimento foi avaliar o potencial efeito protetor da Echinodorus grandiflorus na prevenção da nefrotoxidade induzida pela ciclofosfamida. Para isso, foi realizado o experimento com a utilização de 35 ratos machos, Wistar, divididos em seis grupos experimentais, sendo administrado a ciclofosfamida na dose de 150mg/kg nos grupos G2 a G6 e diferentes doses da Echinodorus grandiflorus, com posterior análise de parâmetros sanguíneos e histológicos. A administração de ciclofosfamida na dose de 150mg/kg de massa corporal, em dose única, foi capaz de induzir a nefrotoxicidade aguda em todos os ratos. O extrato bruto de Echinodorus grandiflorus apresentou potencial efeito renoprotetor ao uso da ciclofosfamida, na dose de 300mg/kg de massa corporal, sendo possível observar redução dos efeitos nefrotóxicos do quimioterápico, pela redução dos danos tubulares e pela diminuição dos espaços capsulas, nitidamente encontradas alterados no grupo que recebeu apenas ciclofosfamida, denotando resultados promissores para utilização desta planta medicinal na prevenção da nefrotoxicidade induzida pelo fármaco. Contudo, novos estudos dos efeitos renoprotetor do chapéu de couro, poderão elucidar os mecanismos envolvidos na ação do extrato bruto do chapéu de couro. A utilização de extrato bruto de plantas medicinais torna-se um adjuvante aos tratamentos pelo baixo custo e pela facilidade de acesso das diferentes populações as plantas desde que devidamente orientados pelos profissionais habilitados.