Esta pesquisa objetivou comparar anatomicamente a madeira das variedades populares de bracatinga (Mimosa scabrella Bentham): bracatinga-branca, bracatinga-vermelha e bracatinga-argentina. Para a realização deste trabalho, foram coletadas árvores com idades entre 6 e 7 anos, provenientes de áreas pertencentes à Embrapa Florestas, localizadas no município de Colombo-PR, Brasil cujo material botânico coletado foi identificado e descrito. Foram obtidas amostras de madeira com casca para a caracterização. As análises evidenciaram que não há diferenças estatísticas entre os elementos anatômicos do lenho da bracatinga-branca e da bracatinga-vermelha, indicando que as diferenciações que tais plantas recebem por causa da a cor da madeira não estão presentes no aspecto anatômico. As duas variedades populares, também conhecidas como bracatinga-comum, diferiram estatisticamente entre si com relação à bracatinga-argentina, quanto ao diâmetro tangencial dos poros, quantidade de poros/mm2, comprimento dos elementos vasculares, diâmetro das células parênquimo-axiais, largura dos raios unisseriados e multisseriados. Os resultados podem ser considerados um importante auxílio na distinção das variedades populares de bracatinga-comum e bracatinga-argentina em variedades botânicas.
O material utilizado no presente estudo foi proveniente de 15 árvores de Eucalyptus smithii R.T. Baker cultivadas no município de Colombo - PR, em campo experimental da Embrapa Florestas, plantadas em 1988. Caracterizou-se anatomicamente o lenho e a casca por meio de lâminas preparadas no Laboratório de Anatomia e Identificação de Madeiras do IPT e Laboratório de Anatomia da Madeira, do Centro de Ciências Florestais e da Madeira, da Universidade Federal do Paraná. Para a extração do óleo essencial, a madeira foi transformada em serragem e a casca desfibrada manualmente. Para a determinação do rendimento e análise do óleo essencial, foram efetuadas destilações conforme ABNT no Laboratório de Fitoquímica do Departamento de Farmácia da Universidade Federal do Paraná. Os rendimentos do óleo essencial foram dados em volume (ml) de óleo essencial por massa (g) de material. O Eucalyptus smithii apresenta estrutura anatômica homogênea do lenho e da casca. Na casca, observou-se a presença de cavidades secretoras; no entanto, no lenho, não foi encontrada nenhuma estrutura semelhante, apenas bolsas de quino, sendo desprezível a quantidade de óleo essencial presente na madeira. O óleo essencial da casca apresentou características físico-químicas fora das especificações para óleos essenciais de eucaliptos ricos em 1,8-cineol, não sendo economicamente viável para a exploração desse componente.
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