RESUMO: Objetivo:A expansão tecidual é um fenômeno, que pode ser observado na gravidez e no crescimento de tumores. A expansão controlada, descrita pela primeira vez em 1957, foi aprimorada e desenvolvida em quase todas as regiões corpóreas, a partir da década de 80. A expansão tecidual, nos membros inferiores, tem se mostrado de difícil realização devido à pouca elasticidade da pele, principalmente no 1/3 inferior da perna e do pé. Ocorre ainda falta de anteparo rígido, circulação terminal, restrição das atividades físicas dos pacientes durante a fase de infiltração e maior índice de complicações, o que restringe suas indicações. O objetivo deste trabalho é descrever nossa experiência com a expansão tecidual nos membros inferiores. Método: Estudo de 24 procedimentos de expansão nos membros inferiores indicados no tratamento de hemangioma (4,2%), seqüela de poliomielite (8,3%), seqüela pós-queimadura (33,3%) e pós-trauma (54,2%). Resultados: Das expansões realizadas, tivemos sucesso no resultado prévio planejado, em 19 casos (79,1%) e insucesso em quatro casos (16,7%), nos quais o resultado final foi parcial, e um caso (4,2%), com interrupção precoce da expansão, em que não se obteve qualquer resultado. Conclusões: A expansão nos membros inferiores é viável, com menor índice de complicações, desde que se faça uma seleção adequada dos pacientes e se adote uma sistematização para a colocação, período de infiltração e retirada do expansor (Rev. Col. Bras. Cir. 2005; 32(5): 290-296 INTRODUÇÃOA expansão da pele ocorre com o crescimento dos tumores, na gravidez e também em muitas culturas como as da tribo dos Botocudos, Kayapó e Suyá, que, com objetos de madeira de tamanho crescente, chamados batoques, fazem com que os lábios e os lóbulos das orelhas sofram um processo de alongamento.O advento da expansão controlada teve sua primeira ultilização clínica realizada por Neumann 1 , em 1957, na reconstrução do pólo superior da orelha, através de um cateter uretral, inflado com ar. Este procedimento ficou esquecido até que, a partir da década de 70, Radovan 2 , com um trabalho sobre reconstrução mamária e Austad 3 , apresentando um expansor auto inflável, reviveram este procedimento, dando início a uma nova era na cirurgia reparadora.A expansão dos tecidos veio proporcionar ao processo de reparação tecidual uma grande opção, pois possibilita a obtenção de pele de mesma cor, textura e sensibilidade, em sentido paralelo, perpendicular ou oblíquo ao maior eixo de uma região pré-determinada, sem causar dano à área doadora. Possibilita também o fechamento primário de área doadora, assim como a confecção de bolsa de tecidos moles para a colocação de implantes ou dilatação de uma cavidade óssea [4][5][6] .Os membros inferiores, por terem uma circulação axial e pele de pouca distensibilidade 7-11 , causam restrições à sua reparação e dificuldades ao cirurgião na escolha do método a ser usado, para não causar ainda maiores danos funcionais e estéticos ao membro e às áreas doadoras. Dentro destes aspectos, o uso dos expansores tem ...
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