Na região semiárida do nordeste do Brasil, o reuso pode se constituir em uma fonte alternativa de água, matéria orgânica e nutrientes para as plantas, com possibilidade de assegurar e incrementar a produção agrícola durante as estiagens prolongadas, em especial ao nível da agricultura familiar, contribuindo para a fixação do homem no campo. Objetivou-se com a presente pesquisa avaliar o crescimento e a produção do pimentão em sistema semi-hidropônico utilizando efluente de esgoto doméstico tratado. O experimento foi conduzido em ambiente protegido em delineamento experimental inteiramente casualizado. Os tratamentos resultaram da mistura de duas fontes de água, sendo uma de abastecimento (AA) e outra residuária (AR), resultando em: T1-100% AA (testemunha); T2-25% AR + 75% AA; T3-50% AR + 50% AA; T4-75% AR + 25% AA; T5-100% AR. Os resultados indicaram que o efluente de esgoto doméstico tratado incrementou o diâmetro do caule, o número de folhas, o número de frutos por planta e a produção das plantas de pimentão, sendo os melhores resultados obtidos nas plantas irrigadas com 100% da água residuária. Com base nesses resultados, pode-se concluir que efluente de esgoto doméstico tratado pode ser utilizado como fonte hídrica e nutricional para a cultura do pimentão.

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RESUMO: Uma opção para dispor o rejeito da dessalinização é a sua utilização na solução nutritiva em cultivos hidropônicos de hortaliças, já que a tolerância das plantas à salinidade em sistemas hidropônicos é maior em relação ao sistema convencional. Neste sentido, objetivou-se com esta pesquisa avaliar os efeitos da salinidade da solução nutritiva em diferentes fases de desenvolvimento da cultura do pimentão cultivado em substrato de fibra de coco. O experimento foi desenvolvido em ambiente protegido no Departamento de Ciências Ambientais e Tecnológicas da UFERSA-Mossoró, em um delineamento experimental inteiramente casualizado, com quatro repetições e cinco tratamentos, obtidos pelo acréscimo de rejeito da dessalinização da água salobra na solução nutritiva elaborada, que correspondeu: T1-sem a adição de rejeito salino; T2-25% de rejeito salino; T3-50% de rejeito salino; T4-75% de rejeito salino; e T5-100% de rejeito salino. O crescimento das plantas, medido pela altura e diâmetro de caule, foi inibido com o aumento da salinidade da água de irrigação. O rendimento dos frutos do pimentão e a matéria fresca e seca da parte aérea foram reduzidos com a exposição das plantas à salinidade.

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