RESUMOA agricultura irrigada é uma das atividades humanas que mais utilizam a água, fazendo com que se necessite de uma melhor fiscalização e gestão do uso desse bem público. O objetivo desse estudo foi analisar a gestão do uso da água no município de Altamira-PA, tomando como estudo de caso uma horticultura que abastece esse município, propondo-se também medidas para minimizar os impactos ambientais. A metodologia utilizada teve caráter qualitativo, buscando, através de visitas in loco e o uso do mapeamento, identificar as atividades que exigiam o uso da água, bem como a forma de utilização de agrotóxicos, que podem contaminar este recurso. O empreendimento utiliza até 40 mil litros por dia no período do verão, sendo que a irrigação por aspersão é a que apresenta maiores desperdícios, devido aos efeitos do vento e humidade do ar. A utilização do reservatório de água para a criação da espécie de peixe tilápia (Oreochromis niloticus) torna-se um ponto positivo, pelo fato de reutilizar da água. O sistema de drenagem contido na horticultura não é eficaz, o que o torna um favorecedor dos processos de carreamento de sólidos e agrotóxicos para os recursos hídricos, devido a declividade acentuada do local. A horticultura não apresenta outorga do direito de uso da água, nem o licenciamento ambiental, ambos instrumentos da Política Nacional dos Recursos Hídricos e Política Nacional de Meio Ambiente, respectivamente. É necessário a implantação de uma gestão ambiental eficaz, visando a melhoria da qualidade produtiva e ambiental, sob a ótica do desenvolvimento sustentável.
O aumento populacional que está ocorrendo nos últimos cinco anos na cidade Altamira-PA, provocou a expansão das fronteiras urbanas sem o devido planejamento, sendo a arborização um fator importante para a contribuição na melhoria desses ambientes. O objetivo do trabalho é elaborar um diagnóstico da percepção das pessoas em relação à arborização na Zona Central Histórica de Altamira-PA. Esse diagnóstico foi feito através de entrevistas em campo com perguntas quali-quantitativas e mapeamento das árvores adultas. Foram registradas 272 árvores e mapeadas com o auxílio do software QGIS 2.2. A ZCH apresentou um Índice de Arborização por Quilômetro de Calçada Arborizada de 13,23 ou seja, a quantidade de árvores nessa zona é insuficiente, quando o ideal seria de 100 árvores por quilômetro. Os entrevistados relataram que há dez anos a quantidade de árvores no bairro era maior, principalmente com mangueiras (Mangifera indica), 67% deles se demonstraram insatisfeitos com a arborização, atualmente, e apenas 12% consideraram a quantidade de árvores ótima. O planejamento da arborização pode não estar sendo tão atentado nos projetos de compensação ambiental da UHE Belo Monte, sendo que o mesmo é fundamental para qualquer sistema urbano, devido aos seus benefícios para a população.
As crescentes demandas pelo uso da água têm agravado a quantidade e qualidade desse recurso vital à vida e, aliadas a eventos naturais extremos, podem intensificar a degradação dela. Diante disso, este estudo tem como objetivo analisar os eventos extremos máximos de vazões de um trecho do rio Tapajós, por meio da modelagem hidrodinâmica. Avaliou-se o potencial de utilização desta ferramenta inovadora dentro do processo de gestão e planejamento dos recursos hídricos. Para tal, lançou-se mão do modelo HEC-RAS, o qual representa um modelo hidrodinâmico unidimensional. O trecho estudado do rio Tapajós corresponde a aproximadamente 540 km e foram utilizadas quatro estações fluviométricas (Barra do São Manoel, Fortaleza, Acará do Tapajós e Itaituba) e suas respectivas séries históricas de cota e vazão, bem como o perfil transversal (batimetria) de cada estação. Os dados do perfil batimétrico foram acoplados com um Modelo Digital de Elevação (MDE) originado de dados SRTM, sendo estes os dados necessários para a simulação no HEC-RAS. As vazões foram extrapoladas para os Tempos de Retorno (TRs) de 10, 25, 50 e 100 anos, por meio da distribuição de frequência de Valor Extremo Generalizado (GEV), e as cotas foram calculadas pelo modelo hidrodinâmico. Na etapa de calibração, foi feito o ajuste do coeficiente de rugosidade Manning para as estações, os quais ficaram de 0,041 a 0,095. O coeficiente de determinação de Nash-Stucliffe ou R² foi maior que 0,99 em todas as estações. A simulação teve cotas simuladas entre 111,04 e 112,22 m (Barra do São Manuel), 82,87 e 83,29 m (Fortaleza), 60,56 e 61,07 m (Acará do Tapajós) e 19,75 e 20,15 m (Itaituba), sendo este último calculados pela GEV para a condição de contorno de jusante, considerando a variação de cota entre os TR100 e TR10. Os resultados desta modelagem são promissores dentro do campo da gestão hídrica, pois permitem a validação do modelo hidrodinâmico HEC-RAS para a simulação das alterações sofridas na bacia, consagrando-se como uma ferramenta de suma importância para a conservação dos recursos hídricos. Ressalta-se que os levantamentos periódicos de campo são indispensáveis, pois os modelos representam apenas uma aproximação da realidade do meio ambiente, sendo necessário alimentar o modelo com novos dados para minimizar as incertezas.
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