Introdução: Apoiado por estudos recentes de neuroimagem humana, a ínsula está reemergindo comouma importante área do cérebro, não apenas na compreensão fisiológica e homeostática do corpo, mas também em contextos patológicos na pesquisa clínica, implicada em funções cognitivas, afetivas e regulatórias distintas, incluindo consciência interoceptiva, respostas emocionais, processos empáticos, tomadas de decisões e até mesmo catalisadora de comportamentos viciosos. Objetivo: Investigar as funções insulares relacionadas aos comportamentos emocionais, vícios e tomadas de decisões, que são corroborados pela ativação do córtex insular. Metodologia: Trata-se de uma pesquisa descritiva do tipo revisão integrativa da literatura, que busca evidências sobre as funções insulares relacionadas às respostas emocionais, vícios e tomadas de decisões. A pesquisa foi realizada por meio de bases de dados PubMed, MEDLINE, Scielo, CDSR, Google Scholar, BVS e EBSCO, no período de 2003 a 2021. Resultados: O estudo confirma o papel necessário do córtex insular na resposta emocional e afetiva. Além disso, o córtex insular de usuários de drogas exibe alterações estruturais, e a atividade da ínsula durante a tomada de decisão se correlaciona com a propensão de recaída para consumir drogas. Ademais, estudos de imagem funcional em humanos revelaram ativação da ínsula após o consumo de drogas e desejo, e uma das descobertas mais impressionantes de pacientes com lesões de ínsula é que ela interrompe o vício do tabagismo. Conclusão: A ínsula foi tem uma infinidade de funções, que podem, a princípio, apresentar um quadro um tanto confuso, sendo necessários estudos posteriores que esclareçam esta complexa Ilha escondida de Reil.