O uso de substâncias consideradas tóxicas consiste em uma prática milenar presente em diferentes povos e culturas. Todavia, em cada civilização ou época, a droga apresenta uma finalidade diferente. Na contemporaneidade o uso de drogas está relacionado ao modo de vida e aos ideais vigentes no contexto social, caracterizado fundamentalmente por uma cultura do narcisismo e do espetáculo. Partindo dessa concepção de droga presente na atualidade e do pressuposto de que a subjetividade humana e as patologias são construídas a partir de articulações das relações culturais com a história individual do sujeito, o presente artigo tem como objetivo discutir o fenômeno da toxicomania na contemporaneidade através de vinhetas do filme Trainspotting. Para fundamentar essa discussão, utilizará o referencial teórico psicanalítico
Resumo. O atendimento em saúde mental da mulher permanece limitado, pela falta de serviços especializados. Portanto, este estudo teve como objetivo apresentar características sociodemográficas de mulheres que buscaram o serviço de psicologia em uma Unidade Básica de Saúde (UBS) e caracterizar a adaptação psicológica delas, a fim de fornecer subsídios para a intervenção multidisciplinar. Foram realizadas triagens com uma amostra, escolhida de forma aleatória, das mulheres que procuraram atendimento psicológico na UBS e que tinham acima de 18 anos. A coleta de dados foi realizada por meio de entrevistas semiestruturadas, seguindo o roteiro da Escala Diagnóstica Adaptativa Operacionalizada Redefinida (EDAO-R). A análise de dados foi realizada de acordo com os critérios da escala utilizada, de forma quantitativa. Cerca de 50% das mulheres apresentaram como resultado adaptação ineficaz grave ou severa. Os resultados mostraram que as queixas estão principalmente relacionadas com o setor afetivo-relacional, indicando que as intervenções deveriam enfocar esses aspectos e suas implicações em outros setores.
O presente artigo tem como objetivo apresentar a construção teórica sobre a sexualidade feminina e a feminilidade em Freud, para depois questioná-la a partir de um recorte de raça e gênero. Para isso, foram utilizados como referências principais trabalhos de autoras negras que discutem a temática étnico-racial, além de produções que abordam gênero e teorias do feminismo interseccional. O trabalho observou a concepção de um universal de mulher que parte da atribuição de traços da feminilidade que se vinculam à figura da mulher branca, burguesa e mãe e, portanto, não compreendem em sua totalidade gênero, raça e classe, de forma a apagar a experiência da mulher negra, marcada pelo racismo e pela história escravocrata. Assim, observa-se uma omissão da psicanálise frente à questão racial e, portanto, evidencia-se a necessidade de se pensar uma psicanálise contextualizada, que leve em consideração os aspectos históricos e sociais da realidade na qual se insere.
O presente artigo tem como objetivo apresentar uma pesquisa qualitativa de caráter descritivo com mulheres atendidas pelo serviço de psicologia no contexto da Atenção Básica, a fim de discutir as relações existentes entre adoecimento e sofrimento psíquico. Foram realizadas 13 entrevistas semidirigidas, as quais foram analisadas por meio da técnica de análise de conteúdo, chegando a três categorias: “luto para sorrir”, “o adoecimento dos vínculos” e “você tem fome de quê?”. Para a interpretação dos dados, utilizou-se o aporte teórico da psicanálise, que acentua a importância das dimensões psíquica e subjetiva na experiência do adoecimento, chamando atenção para o papel dos mecanismos psíquicos que participam dos processos de saúde-doença.
Resumo Pensando a decisão como um processo que depende muito menos do pensamento racional, como se costuma acreditar, posto que nele está implicada uma lógica subjetiva de cada sujeito, este estudo teve como objetivo identificar os motivos que subjazem à decisão de uma mulher por um parto natural, em um contexto social que ainda tem como modelo hegemônico o parto medicalizado e predominantemente hospitalar. Tratou-se de uma pesquisa clínico-qualitativa, em que foram realizadas entrevistas semidirigidas com dez mulheres que passaram pela experiência de um parto natural, que foram selecionadas pela técnica de amostragem por bola de neve. A interpretação dos resultados foi realizada segundo a técnica de análise temática de conteúdo por meio do aporte teórico da psicanálise. Foi possível concluir que a decisão de uma mulher por uma ou outra via de parto tem relação com seu processo de constituição enquanto mulher e mãe, que se encontra estreitamente vinculado à relação mãe e filha. Em outras palavras, a decisão por uma ou outra via de parto está para além de um pensamento racional e uma lógica consciente, pois tem relação com os traços de experiências primitivas de cada sujeito. Além disso, pode-se perceber o quanto a decisão por um parto natural aparentou se configurar como uma tentativa de singularização da mulher, isto é, tal decisão traz a marca de uma inventividade. Essas mulheres, ao decidirem por um parto natural, apresentavam como demanda uma nova forma de parir - parir à sua maneira.
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