A divulgação das Geociências é fundamental para a exploração sustentável do planeta, pois possibilita o entendimento acerca da transformação dos espaços naturais e da interação da sociedade com o meio ambiente. Uma forma de difundir esse conhecimento é pela extensão universitária, cuja finalidade é articular o ensino e a pesquisa científica às necessidades da comunidade onde a universidade se insere, buscando transformar positivamente a realidade social por meio desse intercâmbio. O objetivo deste trabalho é divulgar as ações extensionistas, com ênfase na divulgação da Geociências, realizadas pela Universidade Federal do Espírito Santo, mostrando sua importância tanto para os estudantes do ensino superior quanto para a comunidade.
O Parque Natural Municipal do Monte Mochuara, em Cariacica, região da Grande Vitória, Espírito Santo, constitui uma importante unidade de conservação, abrigando fragmentos preservados da mata atlântica. A região, contudo, carece de estudos específicos que auxiliem na preservação do meio abiótico, contribuição esta objetivada pelo presente trabalho. A área tem seu contexto geológico inserido no Orógeno Araçuaí, porção setentrional da Província Mantiqueira, edificado nos eventos colisionais reunidos no Ciclo Brasiliano durante o Neoproterozoico. A cartografia geológica da região salienta três unidades litológicas: Sillimanita-Cordierita-Granada-Biotita Gnaisse, Biotita Granito e Cobertura Sedimentar. Diques pegmatíticos e de diabásio são frequentes. A geomorfologia do parque é caracterizada pela ocorrência de patamares escalonados, moldados em níveis topográficos crescentes, resultante das variações entre conjuntos litológicos e estruturas resultantes de diversas interações tectônicas e elementos da dinâmica externa. Dados estruturais indicam dois trends principais de lineamentos: um dominante, de direção N10-30W, condicionando as principais cristas e vales; e outro, menos frequente, de direção N30-50E, condicionando a geomorfologia da porção sudeste do parque. A atual configuração da paisagem do Mochuara é resultado da interação entre agentes intempéricos, tipos litológicos e diversas estruturas geológicas. Os dados de geologia e geomorfologia gerados por este trabalho atuam como subsídios para o plano de manejo do parque e para a definição de pontos de interesse turístico e didático-pedagógico na região do Mochuara.
Os pegmatitos Fazenda Concórdia e São Domingos, inseridos no contexto geotectônico do limite entre as faixas Ribeira e Araçuaí, dentro da Província Pegmatítica Oriental do Brasil, estão localizados, respectivamente, nos municípios de Mimoso do Sul e de Muqui -sul do Espírito Santo. O objetivo principal deste trabalho é estudá-los, a partir de aspectos geoquímicos, a fi m de caracterizar a evolução desses corpos. As técnicas analíticas empregadas foram: microssonda eletrônica (para a composição química dos feldspatos, micas, berilos e turmalina); LA-Q-ICP-MS (para a caracterização dos elementos traços dos minerais citados); e LA-SF-ICP-MS (para a obtenção das idades pela razão U-Pb, em grãos de monazita). Ambos os pegmatitos apresentam zoneamento simples e contêm quartzo, feldspato e mica, porém o pegmatito Fazenda Concórdia possui também turmalina, berilo e topázio. Em relação à geoquímica, foi possível perceber que esses corpos apresentam um trend de evolução em que o pegmatito São Domingos é menos diferenciado que o pegmatito Fazenda Concórdia. Quando comparados aos pegmatitos do Campo Marilac (Distrito Pegmatítico de Governador Valadares), onde ocorrem pegmatitos simples a complexos, os pegmatitos Fazenda Concórdia e São Domingos não apresentam um grau de evolução elevado/complexo. A monazita do pegmatito São Domingos apresenta a mesma idade da rocha encaixante (Grupo Bom Jesus do Itabapoana), sendo assim produto da fusão das rochas desse grupo.
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