As normas voluntárias de sustentabilidade (NVS) estão assumindo importância cada vez maior na articulação das cadeias produtivas, seja pelas exigências das grandes redes multinacionais – principalmente as varejistas – de seus fornecedores para otimizar a logística e homogeneizar as características dos produtos; ou como instrumento para certificar a qualidade dos produtos e garantir acesso aos mercados mais regulados a respeito de critérios ambientais, sociais e cor¬porativos. Igualmente importante é a atribuição das NVS para provar que se cumpre mais do que os requisitos legais necessários, reforçando os compromissos de governança socioambiental assumidos voluntariamente pelas empresas. Neste trabalho, as NVS serão descritas sob diferentes perspectivas: i) os conceitos, motivações e desafios; ii) os efeitos diretos no comércio e indiretos na sustentabilidade socioambiental; iii) os canais de transmissão, e o papel das redes de varejo e certificações; e iv) a análise de estudos empíricos.
Esta Nota Técnica sumariza as relações econômicas entre Brasil e Rússia nas duas primeiras décadas do século XXI. Após um rápido panorama das duas economias, apresentam-se alguns indicadores-chave de comércio e discute-se a evolução das políticas comerciais dos dois países. Seguem-se um exame do investimento direto bilateral e uma rápida avaliação da cooperação tecnológica entre os países. A Nota termina com algumas sugestões de políticas que podem contribuir para aproximar as duas economias.
Esta Nota visa reunir um conjunto de indicadores e características sobre as relações econômicas bilaterais do Brasil e dos Estados Unidos, além de sugerir áreas de potencial complementaridade. Quatro questões principais são examinadas: 1) a evolução recente e as características do comércio bilateral de bens e serviços; 2) aspectos relacionados à política comercial de ambos os países, abrangendo tarifas, medidas não tarifárias, acordos comerciais e defesa comercial; 3) características dos fluxos bilaterais e estoques de investimentos diretos; 4) áreas potenciais para cooperação em ciência e tecnologia. O estudo é concluído com o arranjo de algumas propostas para fomentar as relações bilaterais.
O estudo estima os efeitos da redução de custos de comércio dos quatro membros fundadores do Mercado Comum do Sul (Mercosul) sobre o comércio regional e sobre a dinâmica setorial do mercado de trabalho brasileiro, utilizando o modelo de Caliendo, Dvorkin e Parro (2019), que possui elementos como fricções de mercado de trabalho e interconexões de insumo-produto entre setores. Consideram-se dois cenários contrafactuais sobre a trajetória dos custos de comércio dos países do Mercosul. Os resultados sugerem que esforços similares de redução de custos de comércio similares podem ter resultados bastante distintos sobre o comércio regional, a depender de sua abrangência geográfica: reduções limitadas às transações entre os quatro países levam à substituição de produção doméstica por comércio intrabloco, pouco afetando os fluxos extrabloco, enquanto reduções gerais nos custos dos quatro países afeta também o comércio com parceiros extra-Mercosul. Os efeitos sobre o mercado de trabalho brasileiro também são distintos, embora quase sempre modestos.
As normas voluntárias de sustentabilidade (NVS) assumem papel relevante nas negociações comerciais. As exigências das grandes redes multinacionais determinam homogeneizar as características dos produtos e certificar a qualidade deles. Essas são imposições a que os fornecedores devem se atentar para garantir acesso aos mercados mais regulados a respeito de critérios ambientais, sociais e corporativos. Neste artigo, as NVS são incorporadas em um arcabouço teórico, preenchendo a lacuna sobre os efeitos dos padrões privados no comércio internacional. Por meio de uma revisão bibliográfica, são discutidos os canais de transmissão das NVS no comércio, os efeitos dos processos produtivos sustentáveis no ponto de vista dos fornecedores e consumidores e o papel das redes de varejo na difusão e no estímulo à adoção das NVS. O texto fornece um enfoque sobre bens agroalimentares, já que são os mais regulamentados por NVS.
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