O artigo tem como objetivo mapear as produções das pesquisas científicas na área da Educação a partir da busca de estudos que tratam da subárea Educação Infantil no último quadriênio da Capes (2013-2016). Foram analisados 151 artigos, visando a constituir um panorama da produção e localizar o tipo de estabelecimento (creche/pré-escola) em que as pesquisas foram realizadas, as metodologias e as palavras-chave que têm maior presença na constituição dessas produções. A partir de um estudo quali-quantitativo, nos utilizamos dos procedimentos de revisão sistemática com base na análise dos periódicos Qualis com estratos A1, A2, B1 e B2. Os resultados indicam que, de modo geral, as pesquisas analisadas sobre a educação infantil privilegiam instituições que atendem creche e pré-escola simultaneamente, adotam como metodologia a análise documental ou bibliográfica com abordagem qualitativa com predominância de estudos que tratam da temática “políticas públicas”. Conclui-se que a produção do conhecimento na Educação Infantil vem crescendo, tornando-se uma subárea da Educação que faz interface com diversas outras e que exige a necessidade de atenção, pois a produção do conhecimento oriundo da Pós-Graduação não deve ser apenas para suprir os critérios de avaliação impostos pela Capes, mas contribuir de fato com o avanço da área em questão.
Este artigo tem como objetivo analisar as justificativas mais recorrentes das famílias ao demandarem vagas para seus filhos nas instituições públicas de educação infantil em tempo integral no município de Vitória-ES. Adota como metodologia a análise documental de oito demandas judiciais e extrajudiciais apreciadas pelo Ministério Público e pelo Tribunal de Justiça. À luz do pensamento de Hannah Arendt, problematiza a relação entre judicialização, direito e política. Os resultados indicam que as solicitações das vagas pelas famílias estão associadas às suas necessidades socioeconômicas, tais como, trabalho intra e extradomiciliar remunerado, situação de vida marcada pelo risco e vulnerabilidade social. Conclui-se que embora o direito à educação infantil seja considerado público sob o ponto de vista constitucional, em um contexto de precarização de vagas, a judicialização da educação conduz o direito a partir de demandas privadas e interesses particulares, sem interlocução pública, o que aproxima o direito ao “mérito da necessidade”.
Este artigo tem por objetivo analisar o modo como as metas e as estratégias do Plano Nacional de Educação (2014-2024) evidenciam, na relação públicoprivado, as transformações e as permanências do patrimonialismo brasileiro. Caracteriza-se como uma pesquisa documental e tem como fonte o Plano Nacional de Educação (2014-2024). Dentre o aporte teórico, mobiliza os conceitos de patrimonialismo e de relação público-privado. Utiliza como instrumento, para auxílio da produção dos dados, o software IRAMUTEQ. Os resultados sinalizam para uma permanência do patrimonialismo brasileiro, porém com modificações na relação público-privado em decorrência do fortalecimento das entidades do terceiro setor.
Este artigo expõe parte dos resultados de um estudo exploratório realizado com 86 famílias de dez municípios do estado do Espírito Santo, cujos filhos encontravam-se matriculados em 20 instituições de educação infantil em tempo integral. Tem por objetivo discorrer sobre as percepções das famílias em relação à educação infantil em tempo integral. Utiliza o software NVivo como ferramenta auxiliar na organização e análise dos dados coletados nas entrevistas semiestruturadas feitas com as famílias. Os resultados apontam que o trabalho extradomiciliar da mãe se impõe como a principal motivação para a matrícula dos seus filhos no tempo integral. Além disso, há grande expectativa acerca das rotinas de cuidado na instituição. Conclui-se que perdura na educação infantil em tempo integral uma complexa relação entre o direito à educação das crianças e as necessidades das famílias trabalhadoras de classes socioeconomicamente desfavorecidas.
Este artigo objetiva buscar, analisar e sintetizar pesquisas desenvolvidas no país e, a partir desse movimento, traçar um panorama a respeito da educação infantil em tempo integral nas diversas experiências que atravessam as instituições brasileiras, bem como identificar novas possibilidades de pesquisas posteriores. Por meio de busca no Catálogo de Teses e Dissertações da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) e na Biblioteca Digital Brasileira de Teses e Dissertações (BDTD) foram selecionadas 22 dissertações de mestrado publicadas entre 2008 e 2018. Utilizaram-se a revisão integrativa de literatura como método e o software NVivo para a análise dos dados. Os resultados apontam obstáculos na implementação das políticas voltadas para a educação infantil em tempo integral, que se refletem na materialização das experiências em diferentes realidades no que diz respeito a carência de recursos financeiros e materiais, inadequação da infraestrutura, inespecificidade das propostas pedagógicas, fragmentação da jornada em turnos e premência de formação profissional, tencionando uma concepção mais ampla de educação com qualidade socialmente referenciada. Conclui-se que o atendimento em tempo integral vem sendo utilizado como estratégia de enfrentamento da pobreza e das desigualdades sociais no intuito de promover equidade para a população infantil socioeconomicamente desfavorecida.
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