Resumo O objetivo deste artigo é analisar a tendência temporal da violência física contra a mulher perpetrada pelo parceiro íntimo no Paraná. Trata-se de um estudo de séries temporais (2009 a 2016) dos registros de violência física contra a mulher por parceiro íntimo no Paraná. Os dados foram obtidos no Sistema de Informação de Agravos de Notificação-SINAN. Foram calculadas taxas de violência física contra a mulher por parceiro íntimo, segundo características sociodemográficas e meio de agressão. Para a análise de tendência, utilizou-se a regressão polinomial. As notificações aumentaram de 11,1 casos/100.000 mulheres em 2009 para 91,2 em 2016, com aumento anual médio de 14,84. Houve elevação nas taxas de violência física contra a mulher em todas as macrorregionais de saúde, destacando-se a Oeste, com a maior taxa média, e a Norte, com maior crescimento anual médio. O cônjuge foi o principal agressor. Entretanto, registrou-se crescimento das agressões por ex-cônjuges e namorados(as). Também houve aumento de notificações entre mulheres de 20-29 e 50-59 anos, com oito anos ou mais de estudo, e raça/cor preta/parda, amarela e indígena. Os resultados mostram aumento das notificações de violência física contra a mulher por parceiro íntimo, com mudanças no perfil sociodemográfico das vítimas.
Objetivo: analisar a distribuição epidemiológica da violência autoprovocada em adolescentes no Brasil, segundo os meios utilizados. Método: estudo descritivo das notificações constantes no Sistema de Informação de Agravos de Notificação, de acordo com os meios utilizados para autoagressão e as regiões geográficas de residência, no período de 2009 a 2016. Os dados foram analisados mediante estatística descritiva e inferencial, teste de qui-quadradro e medida de associação odds ratio. Resultados: a violência autoprovocada por envenenamento esteve associada ao sexo feminino, à faixa etária de 15 a 19 anos, à raça/cor branca e ocorrência no domicílio. As violências autoprovocadas por força corporal/espancamento, objeto perfurocortante e outros meios de autoagressão foram associadas ao sexo masculino e ocorrência em ruas e áreas públicas. Conclusão: conhecer o perfil da violência autoprovocada entre os adolescentes pode direcionar ações preventivas pelos profissionais de saúde, sobretudo no âmbito da Atenção Primária à Saúde.
Objective: to analyze the correlation between maternal characteristics and perinatal outcomes, with the number of prenatal consultations performed. Method: a cross-sectional study, carried out with 1,219 mothers and newborns stratified as intermediate risk according to the Programa Rede Mãe Paranaense, adaptation of the Rede Cegonha at the state level. Data were collected from the Birth Certificates. Spearman, Wilcoxon and Kruskal-Wallis tests were used to analyze the correlation between the variables of interest. Results: married women, with higher education, white and aged 30 years or older were the ones who most attended prenatal consultations. With regard to perinatal outcomes, children whose mothers had more frequent prenatal consultations had better Apgar and birth weight scores. High rates of cesarean delivery were identified before the onset of labor. Conclusion: maternal characteristics influence the process of adherence to prenatal care, impacting perinatal outcomes, indicating the relevance of these risk factors and the need to improve actions aimed at greater compliance with risk stratification and qualified and resolute care for pregnant women at intermediate risk.
Objective: to analyze the time trend and the spatial distribution of the cases of lethal violence against women in Brazil, according to age group and to race/skin color. Method: an ecological study of time series, with spatial distribution of the deaths of women victims of aggression, registered in the Mortality Information System, resident in Brazil, Brazilian geographic regions and states. Due to underreporting of deaths in some states, correction factors of the mortality rates were employed. For the trend analysis, we adopted the polynomial regression model. In addition to that, the mean rates and annual upward/downward trends were distributed considering the Brazilian federative units as analysis units. Results: the mean rate was 6.24 cases of lethal violence per 100,000 women, with a significant variation across the Brazilian regions and states. The main victims of violent death in Brazil are young, black-/brown-skinned and indigenous women, with a growing trend in these population segments. The North and Northeast regions stood out with the most significant mean annual increases (0.33; r2= 0.96 and 0.26; r2= 0.92, respectively). Conclusion: there was a stable trend regarding lethal violence against women, with significant regional differences. Young, black-/brown-skinned and indigenous women are more vulnerable to violent death in Brazil.
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