A gravidez produz um equilíbrio biológico instável que demanda, em alguns casos, o uso de medicamentos. Entretanto, sabe-se que alguns fármacos apresentam potencial teratogênico. O objetivo desse estudo foi avaliar a prevalência e o potencial teratogênico dos principais medicamentos usados por gestantes. A metodologia apresentou caráter descritivo, transversal com abordagem quantitativa. Aplicou-se um questionário semiestruturado para a coleta de dados. Das gestantes entrevistadas, 96,2% disseram já ter usado medicamentos durante a gestação a partir de prescrição médica e 18,9% por automedicação. Verificou-se também que quanto mais jovem e menor o grau de escolaridade das gestantes maior a tendência de automedicação. Constatou-se ainda que 23,5% das gestantes fazem uso de medicações sem receita médica por vontade própria e que 76,5% delas sofrem influência externa. As classes de medicamentos mais usadas pelas gestantes foram ácido fólico, sulfato ferroso e paracetamol. Houve prevalência de consumo de medicamentos da categoria de risco A, seguida das categorias B, C e D. Conclui-se que a medicalização durante a gestação é uma realidade, sendo necessário o desenvolvimento de políticas de saúde pública que possam conscientizar a população da importância do uso racional de medicamentos durante a gestação.
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