Discute a percepção dos profissionais da informação - arquivistas, bibliotecários e museólogos - sobre a prática laboral, na perspectiva do cenário pandêmico do Covid-19. Tem como foco a atuação profissional para o enfrentamento da crise sanitária, uso de recursos informacionais amigáveis e confiáveis, bem como as expressões que evidenciam a vivência e superação dos profissionais do ponto de vista do conceito de resiliência informacional e das contribuições da Ciência da Informação na prática laboral. Decorre de investigação de abordagem quanti-qualitativa, com pesquisa do tipo exploratória. Para a coleta dos dados foi utilizado como instrumento um questionário construído no Google Forms tendo como o quantitativo de respondentes: 14,8% de arquivistas, 79,3% de bibliotecários e 5,8% de museólogos. A análise dos dados foi realizada por meio da análise de conteúdo de Bardin com o estabelecimento de categorias. Observa-se que os profissionais continuam seu labor frente às incertezas informacionais que o contexto epidêmico brasileiro apresenta, e enxergam suas atividades como potenciais para disseminar a informação essencial em prol da ciência e do futuro, demonstrando a consolidação protagonista de suas ações perante a sociedade. Conclui-se que, apesar de todos os desafios impostos pelo atual momento com sobrecarga de trabalho, isolamento e preocupação, os arquivistas, bibliotecários e museólogos participantes da pesquisa têm procurado se reinventar, adaptando-se ao contexto imposto e procurando praticar a resiliência.
Apresenta pesquisa realizada com bibliotecários que atuam ou atuaram no sistema prisional brasileiro, para possibilitar à população privada de liberdade o acesso ao livro, a leitura, a informação, a construção de significados e apropriação da informação. Trata-se de estudo exploratório, com abordagem qualitativa. Como instrumento de coleta de dados utilizamos o questionário elaborado no Google Forms e enviado por e-mail aos bibliotecários. Para analisar os dados, nos pautamos na análise de conteúdo por meio do estabelecimento de categorias. Os resultados demonstram, que a maioria dos bibliotecários acreditam construir ações de mediação da informação no ambiente prisional, e consideram que esse processo pode favorecer a reinserção social do(a) apenado(a), mesmo aqueles que são reticentes quanto à estrutura da prisão não contribuir para a reinserção social, apresentam discurso favorável sobre a relevância do bibliotecário pautar suas ações na mediação da informação ao atuar nesse ambiente. Concluímos que, mesmo diante dos desafios e especificidades da atuação nesse ambiente, a mediação da informação pode ser considerada como uma prática de desconstrução e reconstrução, pois pode favorecer a pessoa presa a vislumbrar novos horizontes, se perceber como sujeito crítico por meio da apropriação da informação.
Discorre sobre a atuação da biblioteca prisional do Instituto Penal Feminino Desembargadora Auri Moura Costa (IPF), considerando a possibilidade de que a biblioteca contribua para a reinserção social do indivíduo encarcerado. O objetivo da pesquisa é verificar como a biblioteca prisional do IPF atua em prol da reinserção social das internas. Trata-se de uma pesquisa exploratória, pautada em um levantamento bibliográfico da temática abordada, e de cunho qualitativo, adotando-se a metodologia da sociopoética para o estudo empírico e análise dos dados. Os resultados apontam que a atuação da biblioteca no IPF efetiva‐se por meio do projeto de leitura ‘Livro Aberto’. Os discursos verbais e não verbais das detentas evidenciam a sua condição de privação da liberdade e o desejo de retorno à sociedade. Também ficou evidente a insatisfação por não terem acesso ao espaço da biblioteca bem como o desejo da presença de um profissional especializado. Conclui-se que a atuação da biblioteca é deficitária e apresenta lacunas, principalmente na formação de leitores. Apesar das dificuldades enfrentadas, a biblioteca é percebida pelas internas, de maneira geral, como um instrumento que favorece a reinserção social.
Apresenta resultados de pesquisa cujo objetivo foi identificar, por meio da revisão integrativa, como a temática dos sujeitos em privação de liberdade está inserida nos estudos da Ciência da Informação, considerando a complexidade da realidade carcerária, e a importância da ciência para a compreensão dos fenômenos sociais desta natureza. A metodologia de análise foi a revisão integrativa, seguindo seis etapas estabelecidas: identificação do tema e seleção da questão de pesquisa; estabelecimento de critérios de inclusão e exclusão; identificação dos estudos pré-selecionados e selecionados; categorização dos estudos selecionados; análise e interpretação dos resultados; e apresentação da revisão/síntese do conhecimento. Realizou-se ainda um levantamento bibliográfico em duas bases de dados: Base de Dados Referenciais de Artigos de Periódicos em Ciência da Informação (Brapci) e Library & Information Science Abstracts (Lisa). A análise foi definida a partir de duas categorias, questões de aspectos gerais e questões de aspectos temáticos - essa última foi analisada por meio do software livre de análise qualitativa Iramuteq. Os resultados demonstram que na Brapci não há praticamente literatura referente à temática, a maior parte dos artigos foram recuperados na Lisa. Concluímos que a temática a nível internacional já é discutida a longo prazo e que a biblioteca prisional é uma abordagem recorrente. Desse tema, derivam outros como: análise dos serviços de referência nas prisões, estudo das necessidades de informação, estudo do comportamento informacional e implementação de projetos no cárcere, revelando a diversidade de abordagens.
Trata-se de resultado de pesquisa de dissertação desenvolvida com o objetivo de analisar a prática bibliotecária no ambiente prisional, considerando os desafios e possibilidades de melhoria para atuação nesse local. O percurso metodológico adotado resulta em um estudo guiado pela abordagem qualitativa, de natureza exploratória e com objetivo descritivo. Como instrumento de coleta de dados utilizou-se o questionário e para analisar os dados pautou-se na análise de conteúdo com o estabelecimento de categorias. Os resultados evidenciaram que a inexistência do cargo de bibliotecário prisional é percebida como um dos maiores obstáculos para a prática bibliotecária na prisão. Além disso, os sujeitos participantes da pesquisa destacaram dificuldades quanto ao aspecto financeiro e falta de discussão no âmbito da formação. Conforme demonstram os resultados desta investigação, o primeiro aspecto que poderia favorecer a atuação do bibliotecário no sistema prisional seria a legitimação da profissão, com a inclusão do cargo no quadro funcional do Departamento Penitenciário. Conclui-se que, mesmo diante das dificuldades alguns bibliotecários aceitam o desafio de assegurar as pessoas em privação de liberdade o direito ao livro e à leitura, assumindo um papel que deveria ser do poder público. Ademais, entende-se que é necessária uma junção de forças que englobe desde o poder público, as instituições de classe, as escolas de formação e a sociedade civil para que a atuação do bibliotecário possa ser realizada de forma efetiva nas bibliotecas prisionais, contribuindo para promover a apropriação da informação e da leitura, o desenvolvimento do pensamento crítico e a autonomia da pessoa privada de liberdade.
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