ArtigoRESUMO -O novo coronavírus (SARS-CoV-2) e a sua disseminação global são considerados a maior crise de saúde internacional dos últimos anos. Exemplos encontrados na prática dentro do ambiente da Atenção Primária à Saúde (APS) sugerem aumento das queixas alusivas à piora da qualidade do sono e à saúde mental, temporalmente relacionadas ao início do período pandêmico. A presente pesquisa objetiva avaliar, na percepção dos pacientes na Atenção Primária à Saúde, a qualidade do sono após a pandemia do novo coronavírus. Trata-se de um estudo observacional e transversal, consistindo em uma pesquisa de campo, quantitativa e aplicada, realizada com 40 indivíduos hipertensos e diabéticos usuários de uma unidade básica de saúde de um município do sertão paraibano. Foi aplicado um questionário composto por três partes: Dados Pessoais (idade, sexo, estado civil, comorbidade, renda familiar, número de pessoas que moram no domicílio); Índice de qualidade de sono de Pittsburgh (PSQI-BR); resposta ao seguinte questionamento: "A pandemia afetou a qualidade do seu sono?". A análise estatística foi realizada através do Statistical Package for Social Science (SPSS), versão 23. A maioria dos participantes (62,5%) autoavaliou sua qualidade do sono como boa. Foi identificada importante prevalência de sono ruim (37,5%) e presença de distúrbio do sono (17,5%), detectadas pela aplicação do PSQI-BR. Quanto à percepção do impacto da pandemia sobre a qualidade do sono, 50% afirmou não ter sido afetada, 15% dos indivíduos declararam que começaram a apresentar problemas de sono com a pandemia e 17, 5% indicaram ter percebido uma piora em distúrbio do sono previamente existente. As repercussões promovidas pela conjuntura da pandemia do SARS-CoV-2 tendem a permanecer por tempo ainda indeterminado. Necessita-se da observação constante das implicações sobre a saúde do sono e mental, para a correta prevenção do agravo, intervenção, promoção da saúde e qualidade de vida. Palavras-chave: Distúrbios do Início e da Manutenção do Sono; COVID-19; Atenção
A insônia é um problema comumente relatado nas unidades de Atenção Primária à Saúde (APS), sendo descrita como uma insatisfação com o sono que deve estar acompanhada de sofrimento e/ou prejuízos funcionais importantes. Seu manejo terapêutico frequentemente utiliza benzodiazepínicos, a despeito dos riscos descritos e recomendações de que seu uso deve ser limitado a um curto período de tempo. Objetivouse identificar recomendações consistentes para a abordagem da insônia na APS e esclarecer demandas quanto ao uso de benzodiazepínicos nesse contexto. Trata-se de uma revisão integrativa, utilizando os descritores "Distúrbios do Início e da Manutenção do Sono", "Hipnóticos e Sedativos", "Atenção Primária à Saúde" e suas associações em português e em inglês, nas bases de dados da Biblioteca Virtual em Saúde (BVS) e PubMed. Os critérios de inclusão foram artigos publicados na língua inglesa ou portuguesa, texto completo e congruência com a pergunta norteadora. Foram excluídos estudos repetidos nas bases de dados selecionadas. Foram analisadas 10 publicações. Os resultados mostram que a abordagem não farmacológica deve ser a escolha inicial. O uso de benzodiazepínicos, quando necessário, deve ser restrito a um curto espaço de tempo e levar em consideração outros fatores, como a presença de comorbidades. A utilização prolongada da referida classe de medicamentos associa-se a prejuízos na qualidade de vida dos pacientes. Compreende-se a relevância do manejo adequado da insônia na APS, sendo necessário capacitar os profissionais e fortalecer a importância da abordagem holística no cuidado dos pacientes.
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