O presente trabalho tem como objetivo desenvolver reflexões sobre o novo discurso pedagógico do capital. Oriundo das transformações ocorridas no mundo do trabalho, geradas pela introdução das inovações tecnológicas e organizacionais na produção, tal discurso ao defender que a moderna produção provocaria o alargamento das qualificações, passou a exigir uma política educacional que promovesse a educação básica, bem como novas oportunidades de formação continuada, capaz de alargar cada vez mais o leque de possibilidades de qualificação profissional dos trabalhadores.
O estudo é parte do projeto de pesquisa intitulado “Trabalho, Violência e Cidadania”. O objetivo foi analisar a relação dos motoboys com os “atores sociais” envolvidos na rede de subcontratação forjada pelas empresas-plataformas. A investigação se desenvolveu na cidade do Natal/RN e se fundamentou em dados primários recolhidos junto a vinte e dois (22) entregadores que prestam serviços para distintos aplicativos de delivery e em uma (1) entrevista com uma ex-funcionária terceirizada da empresa subcontratada pelo iFood, além de uma bibliografia afeita à temática. Os depoimentos desses trabalhadores expuseram não somente os atores sociais envolvidos na dinâmica de um serviço de entrega, como também o nível de sociabilidade que se estabelece entre eles no cotidiano laboral. Constatou-se que a relação que se institui entre os “parceiros” implicados no serviço de entrega nem sempre é harmoniosa, aliás, algumas vezes, é marcada “por descasos, por humilhações, pela indiferença e pelo desrespeito”, conforme se pôde identificar nos relatos dos trabalhadores.
O estudo é parte de uma pesquisa maior sobre a dinâmica do mercado de trabalho na cidade do Natal/RN, no entanto, a análise aqui desenvolvida circunscreve-se ao setor supermercadista. O objetivo é analisar os impactos não somente da adoção das máquinas inteligentes, os Self-Checkouts, sobre o trabalho dos operadores de caixa de supermercados, bem como das relações de trabalho, e demarcar a compreensão deles sobre a Quarta Revolução Industrial. A pesquisa tem como período referencial o ano de 2018 e se embasa em dados primários e secundários. Constata-se que a falta de conhecimento dos trabalhadores de supermercados no tocante à Revolução 4.0 os faz acreditarem que as novas tecnologias não são poupadoras do trabalho vivo e, por conseguinte, não afetarão seus empregos e muito menos provocarão desemprego.
O texto aborda a problemática apresentada pelas profundas transformações ocorridas no mundo do trabalho e na estrutura do Estado regulador, voltado para o bem-estar social. Objetiva discutir o processo de reestruturação produtiva capitalista, ocorrido a partir das últimas décadas do século passado, e as suas conseqüências sobre o modelo de desenvolvimento à época dominante, o fordismo. Para caracterizar a crise do modelo de desenvolvimento fordista, são utilizados aspectos da perspectiva adotada pela escola francesa da regulação, com destaque das principais características deste modelo que emergiu no pós-guerra e que adquiriu configuração mundial no ocidente industrializado, e, principalmente, do processo de reestruturação industrial que ocorreu no âmbito das economias centrais e as características do novo modelo de desenvolvimento.
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