Nesse texto analisamos os desdobramentos da implantação do cadastro ambiental rural (CAR) através das teorias de Alfred Gell e Bruno Latour, oferecendo uma vista alternativa para o “desvio de função” do registro público a partir da ideia de agência dos objetos. Inicialmente discute-se as teorias dos autores citados, em seguida apresentamos os objetivos para os quais o CAR foi pensado. Finalizamos com o reconhecimento de sua autonomização expressa em um conceito expandido de grilagem.
O texto foi escrito seguindo o método crítico histórico guiado pelos paradigmas da história ambiental acrescidos de reflexões antropológicas, e está interessado pelas formas como as sociedades concebem o meio ambiente e como mobilizam suportes mentais e materiais na relação com as naturezas. Buscou-se os elementos estruturantes da visão de Couto de Magalhães (1837-1898) a respeito da bacia hidrográfica do Tocantins-Araguaia, sua flora, fauna e a repertório cultural que orientou as reflexões naturalistas e econômicas desse militar do Império. Em seguida, fora exposto o aparelho discursivo e as representações que Couto de Magalhães possuía a respeito do ambiente e da relação que humanos deveriam manter com o rio e com os não-humanos. Não se trata de uma biografia. Partimos de Couto de Magalhães para identificar o espaço destinado a questões ambientais no debate político do Império.
O texto a seguir buscou analisar antropologicamente o mito da Ilha-Brasil composto por Jaime Cortesão no século XX. Para tal, a partir dos escritos de Cortesão e de alguns de seus leitores realizou-se análise estrutural de mitos, seguindo a proposta de Lévi-Strauss (1989) e Edmund Leach (1983) agregada a comunidade imaginada de Anderson (1983). O leitor encontrará uma contextualização histórica, seguida de síntese das teorias que guiaram esse texto, para então encontrar a análise do mito e descrição dos níveis simbólicos do mito.
No final dos oitocentos foram realizadas algumas conferências que reuniram pessoas letradas para discutir o legado jesuíta na colonização. Uma dessas pessoas era José Vieira Couto de Magalhães. Em conferência publicada em 1897, o autor teceu árduas críticas ao genocídio indígena, atribuindo aos colonos a culpa pelo massacre. Essas críticas marcaram uma mudança de postura de Couto de Magalhães, antes escritor do império e reservado a críticas pontuais a colonização, tendo o desaparecimento dos indígenas como algo natural. A partir do contexto do último quartel do século XIX, já na república, marcada por projetos de modernização e discussão sobre a composição da identidade brasileira, pretende-se realizar uma análise não só do conteúdo da obra, mas de sua estrutura, dos autores e da sua repercussão. Almeja-se, por fim, delimitar os aspectos da percepção ecológica de Couto de Magalhães na obra e os caminhos para a pesquisa que se abrem a partir dela.
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