RESUMO O crescimento do trabalho em equipe como forma de organização do processo de trabalho, que, de certa forma, acaba com as formas burocráticas de controle do trabalho, tem sido interpretado por autores como Adler (1998) como parte de uma tendência à socialização da produção. O presente artigo desenvolve uma conclusão alternativa: o trabalho em equipe, conforme interpretado aqui, tem sido efetivo do ponto de vista do capital, precisamente porque faz com que o controle sobre os trabalhadores surja dos próprios trabalhadores.
Este artigo apresenta criticamente diferentes interpretações da crise atual. Orientaram a seleção das várias contribuições a representatividade das teorias marxistas clássicas de crise e a importância das novas abordagens correspondentes aos novos fenômenos em desenvolvimento no capitalismo atual. O exame crítico dessas contribuições revela uma linha divisória entre aqueles que concebem a crise como tendo sido causada pelo afluxo dos lucros da produção para as finanças (Husson e Foster /Magdoff) e aqueles para os quais o aumento do crédito de consumo foi resultado de uma reestruturação dos fluxos de crédito das empresas, cada vez mais autônomas no mercado de dinheiro, às famílias assalariadas, cada vez mais dependentes do financiamento bancário. Essa linha divisória reflete a importância que o primeiro grupo adjudica à diminuição do ritmo de crescimento vis-à-vis os teóricos da School of Oriental and African Studies. A análise revela também que a atrofia da economia política leva a um abandono precoce da teoria bancária e financeira de Marx em favor dos instrumentos teóricos pós-keynesianos imediatamente disponíveis para o uso.
Este artigo procura mostrar que com base nos conceitos de antagonismo, alienação e controle, implícitos na relação capital-trabalho, é possível compreender a implantação do trabalho em equipe como meio de simultaneamente aumentar o controle sobre o trabalho e reduzir os custos associados às atividades de supervisão da força de trabalho. Argumenta-se que a diminuição do estoque de capital circulante, tanto constante quanto variável, torna o circuito do capital mais vulnerável e, portanto, requer um aumento correspondente do exercício de controle capitalista. Esse aumento do controle capitalista, em consonância com a necessidade de redução de custos relacionada à redução do estoque de capital circulante, se efetiva pela interiorização do controle efetuada pela interação dos próprios trabalhadores organizados em equipe. A redução do valor das mercadorias que advém dessas formas de consumo da força de trabalho permite classificá-las como formas da subsunção real do trabalho ao capital.
This paper argues that the concepts of alienation and antagonism allow us to understand the introduction of teamwork as a way of increasing control over labor and at the same time decrease costs of control and supervision. It is also argued that lean production has made the capital circuit more prone to disruptions thereby calling for increasing supervision and control over the labor process. However, as a way to constantly decrease costs, lean production had to resort to methods of control which were compatible with cost reductions. Teamwork, it is argued, allows for cost reduction because it makes control to stem from workers themselves. Finally, in as much as teamwork is tied up with decreasing costs of both constant and variable capital it is characterized as a form of real subsumption of labor
The objective of this article is to show that Itoh's identification of market value with the individual value of the dominant methods of production obscures the fact that dominant capitals producing below market value realize extra surplus value and thus obtain higher profit rates than average. It is argued, following Marx's procedure, that the formation of market values is prior to the formation of prices of production, a procedure which runs contrary to Itoh's suggested simultaneous determination of market prices and prices of production.
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