O presente trabalho apresenta uma análise de estratégias biopolíticas em campanhas do Setembro Amarelo, Outubro Rosa e Novembro Azul. Para compor o corpus, selecionamos três materialidades discursivas, uma campanha do Setembro Amarelo, outra do Outubro Rosa e outra do Novembro Azul, respectivamente. Esta pesquisa é descritivo-interpretativa, de abordagem qualitativa, fundamentada, especialmente, em Foucault (2005), no que se refere às noções de biopoder e biopolítica. A partir da análise, foi possível perceber que as estratégias biopolíticas das campanhas em questão se realizam por meio de um discurso de prevenção de Miguilim-Revista Eletrônica do Netlli | V. 8, N. 2, p. 728-741, maio-ago. 2019 doenças, a fim de que a saúde seja assegurada e, consequentemente, a vida seja preservada e valorizada.
RESUMO.Neste texto, interessa-nos discutir a ideia de virilidade, cotejando com modos atuais de ressignificar determinadas posturas, práticas e comportamentos historicamente atrelados a uma cultura viril. Assim, tomamos como objeto de análise os discursos em torno da aparição do lumbersexual na mídia, com vistas a problematizar essa irrupção discursiva como sintoma de uma reconfiguração na concepção de virilidade, engendrada na/pela história e, portanto, suscetível a transformações e reordenamentos.Palavras-chave: discurso, moda, sujeito, lumbersexual.
The lumbersexual invention: memories of a lost virility?ABSTRACT. The idea of virility compared to current modes of reframing attitudes, practices and behaviors historically linked to a virile culture is discussed. The object of analysis comprises discourses on the lumbersexual person in the social media to problematize the discursive frenzy as a reconfiguration symptom of virility, engendered in/by history and, therefore, susceptible to changes and rearrangements.
RESUMO Os números de transtornos mentais, a exemplo da ansiedade patológica, quase que duplicaram nos primeiros meses da pandemia da Covid-19 em todo o mundo. Tal fato, por sua vez, reclama(ou) estratégias de intervenção médico-psiquiátricas específicas, tendo as tecnologias digitais como o principal meio de articulação terapêutica. Atentando-se para esse cenário, esta pesquisa busca investigar os modos de governamentalidade para o sujeito ansioso na pandemia da Covid-19, em 2020, no cenário do Brasil. Metodologicamente, adota-se o viés arquegenealógico, tendo como corpus três materialidades, uma do Canal Drauzio Varela e duas do Vittude Blog, analisadas à luz dos postulados foucaultianos. Em suma, as mídias sociais oferecem um ambiente virtual que, mesmo em meio ao isolamento, articula o governo de si e do outro a partir das publicações informativas, das terapias online, entre outras.
Como forma de refletir sobre o ensino no contexto pandêmico, este trabalho objetiva realizar uma leitura crítico-reflexiva de uma proposta de ensino formalizada em um projeto interdisciplinar construído para o III segmento da EJA do Ensino Médio por professores da área de linguagens de uma escola pública. Como ancoragem teórica, a investigação assume o diálogo com trabalhos que abordam a questão do ensino de EJA (ARROYO, 2006; CAPUCHO, 2012), a pedagogia dos projetos (HERNÁNDEZ, 1998; HERNÁNDEZ, VENTURA, 2017) e a interdisciplinaridade (SOUZA; FAZENDA, 2017; PERNAMBUCO et al., 2013; dentre outros). O exame do projeto interdisciplinar recortado para estudo assume um olhar interpretativo e uma abordagem qualitativa. A análise realizada aponta que diante de tantas novidades, demandas e habilidades a serem desenvolvidas por professores e alunos no contexto pandêmico, a realização de um projeto interdisciplinar na EJA com os propósitos pretendidos constitui-se um desafio para o qual a superação de possíveis percalços em sua execução pode resultar não apenas da concepção mediante o trabalho coletivo, mas sobretudo da formação teórica de cada professor para planejar e adequar processos de ensino e de aprendizagem bem delineados, consistentes e exequíveis.
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