O objetivo do presente artigo é oferecer uma breve análise dos aspectos ideológicos que envolvem o combate norte-americano ao terrorismo internacional, conhecido como “guerra ao terror” e sua utilização como justificativa para as ações coercitivas empreendidas. O artigo é dividido em cinco partes, onde a idéia central é permitir ao leitor o entendimento dos conceitos de terrorismo e contraterrorismo, além da aplicação desses termos como arcabouço ideológico para os interesses norte-americanos. A primeira parte descreve os antecedentes que levaram à gênese do terrorismo e da “guerra ao terror”. A segunda aborda os atentados de 11 de setembro de 2001 e suas conseqüências no embate contra o terrorismo mundial, que levaram, entre outros, ao “Ato Patriota” e a “Operação Iraqi Freedom”. A terceira parte do trabalho apresenta o terrorismo sob o ponto de vista de sua racionalidade interna e de seus objetivos “nacionais”. A quarta parte analisa a dificuldade em se definir, de modo consensual, o significado de “terrorismo” e estabelece as noções gerais do conceito de contraterrorismo. A última parte analisa a subjetividade implícita no conceito de “guerra ao terror” como retórica ideológica.
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