Ainda que o século XXI não tenha começado, torna-se cada vez mais ofensivo para o capital ou para o trabalho, devido à necessidade de acumulação / reprodução insaciável. No Brasil, entre as várias formas de personificação desse modelo de sociedade, destacamos a agro-agricultura Canavieiro, que, sob a prerrogativa do discurso falacioso do desenvolvimento nacional, social, sustentável etc., omite sua face perversa para acontecer ou para acontecer. Respeitar as condições de vida (Trabalho, saúde) de dois trabalhadores, das comunidades vizinhas a alcançariririram, bem como sociedade corporativa, ou meio ambiente, devido à fúria expansionista e destrutiva do capital, para a qual indicamos especificamente degradação sistêmica em relação ao trabalho, não Polígono Agrohidronegócio.Você promove nossa mecanização, certos efeitos da terceirização total, perda de diretivas,
Nesta segunda década do século XXI, amplia-se a ofensiva do capital sobre o trabalho em monta jamais vista, o que nos instiga a qualificar quais os desafios e saídas para uma ruptura com o metabolismo societário do capital, tendo em consideração que as alternativas propostas que não se pautem na irrupção deste modelo destrutivo, acabam por legitimar as graves contradições que marcam o modelo societário vigente. Dessa forma, tensionamos qual o papel da Geografia em ler e apreender tal fenômeno, bem como, quais respostas a ciência geográfica pode oferecer dada a emergência de uma ruptura com o atual estado de coisas existente. Nesse sentido, quais são os limites, desafios e possibilidades para pensarmos o trabalho neste início do século XXI?
Neste início do século XXI, tem se ampliado as discussões em respeito às relações campo-cidade, tendo em vista uma série de transformações porque tem passado o campo brasileiro nas últimas décadas, com destaque para o discurso em respeito à vocação agroexportadora que permeia as perspectivas de desenvolvimento no país. No entanto, é de nosso interesse analisar os reais impactos que esta opção tem gerado para o campo brasileiro, e as novas relações campo-cidade que tem se produzido a partir do desenvolvimento deste modelo. Com esse intuito, chamamos atenção para a realidade vivenciada no Pontal do Paranapanema (SP), recorte territorial deste trabalho e que nestas primeiras décadas do século supracitado, tem sido marcado pela presença deste modelo de desenvolvimento, dado o avanço do agronegócio canavieiro, e que nos estimula a analisarmos os reais impactos para as relações campo-cidade que se desenham no mesmo. Nesse sentido, a necessidade da compreensão deste fenômeno diz respeito a não podermos enxergar o Pontal do Paranapanema (SP) desvinculado das mudanças recentes que tem permeado o campo brasileiro.
Nessa viragem do século XXI, percebe-se o avanço cada vez mais intenso e destruidor do capital sobre o trabalho, característica fundamental dos ambientes refeitos pela reestruturação produtiva. Esse processo expressa no território o conteúdo historicamente determinado das formas de dominação sobre os trabalhadores, sendo, pois, a precarização que se dá por meio da migração de trabalhadores, diante de poucas alternativas de sobrevivência, tanto nos núcleos urbanos como rurais do Nordeste e Norte de Minas Gerais para o Pontal do Paranapanema, em busca de melhores oportunidades. O objetivo principal deste trabalho é compreender a territorialização das migrações do trabalho para o capital no Pontal do Paranapanema. Dessa forma, queremos também analisar as estratégias do capital agroindustrial canavieiro para com os trabalhadores.
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