A Região Metropolitana de Manaus (RMM) constitui uma realidade jurídica, mas, por conta de não apresentar conurbação, conceitualmente ainda não pode ser enquadrada nas análises clássicas sobre o conceito científico de região metropolitana assim como do processo de metropolização do espaço e é nesta particularidade que a pesquisa se desenvolveu. O objetivo é entender as dinâmicas internas da RMM e a seletividade espacial a partir de uma análise comparativa para os casos dos municípios de Iranduba e Careiro da Várzea, relacionando ao sítio no desenrolar desse processo de metropolização do espaço. Todavia, não desassociando a importância dos consumidores do espaço para os processos de crescimento da metrópole. A discussão perpassa as bases e a construção das espacialidades nos processos de metropolização do espaço da Amazônia Ocidental. A hipótese que fundamenta esse trabalho é a de que a relação sociedade/espaço, no contexto da Amazônia, influencia significativamente o processo de produção do espaço urbano, interferindo, inclusive, na seletividade dos avanços metropolitanos apreendidos por suas distintas formas de territorialização nas estruturas urbanas. Não se trata de uma análise naturalizante, pois, no contexto da Amazônia, o regime fluvial impacta fortemente as dinâmicas das cidades e do urbano como é o caso das inundações que ocorrem