Objetivo: Avaliar os pacientes com diagnóstico de Diabetes Mellitus tipo 2 e Hipertensão Arterial Sistêmica em uma Estratégia de Saúde da Família (ESF) localizada na zona rural do município de Santa Bárbara do Pará, Estado do Pará, Brasil. Metodologia: Trata-se de um estudo epidemiológico, observacional, transversal e descritivo. A população estudada foi constituída pelos portadores de HAS e/ou DM II, atendidos na referida ESF, dentro do período de 1 ano. Resultados: 102 pessoas participaram do estudo. Desses, 70 pacientes eram hipertensos, 10 eram diabéticos e 22 possuíam HAS e DM II, concomitantemente. O gênero feminino foi o predominante com 57,84% dos casos. A etnia mais prevalente foi a parda (43,13%). O estudo identificou uma baixa adesão à dieta recomendada, tanto em hipertensos (21,42%) e diabéticos (30%) quanto nos portadores das duas patologias (45,45%). A taxa de adesão à prática regular de atividade física também foi baixa nos 3 grupos da presente pesquisa. A maior parte (59,37%) dos diabéticos apresentou níveis glicêmicos acima do recomendado. A maioria (66,3%) dos hipertensos também apresentou níveis pressóricos acima do adequado. Conclusão: Assim, é imperativo que haja um fortalecimento do vínculo da equipe multiprofissional da saúde com o paciente atendido na ESF, buscando sempre o exercício do cuidado em saúde de forma holística, com o intuito de melhorar a adesão ao tratamento da HAS e da DM II.

Objetivo: avaliar os aspectos epidemiológicos da Síndrome Hipertensiva Específica da Gravidez (SHEG), em Belém, Pará, durante o período de janeiro de 2016 até dezembro de 2020. Metodologia: estudo epidemiológico, retrospectivo e quantitativo cujo dados foram obtidos mediante informações disponíveis no Departamento de Informática do Sistema de Saúde Unificado (DATASUS). Foram escolhidas as seguintes variáveis epidemiológicas: número de internações, anos das internações (2016 a 2020), faixa etária, etnia (branca, preta, parda, amarela e sem informação) e número de óbitos por ano. Resultados: O estudo identificou um total de 7386 casos de SHEG nos 5 anos avaliados. A maior parte ocorreu em pacientes na faixa etária de 20 a 34 anos (66,42%), 16,93% das pacientes com SHEG eram adolescentes (10 a 19 anos) e 16,63% possuíam idade igual ou superior a 35 anos. Com relação à etnia das participantes da pesquisa, houve predomínio da cor parda (88,89%), seguida pela branca (4,45%), preta (1,81%) e amarela (0,06%), respectivamente. O estudo também identificou um número considerável de óbitos ocasionados por SHEG. Conclusão: A presente pesquisa evidenciou a importância dos profissionais de saúde, principalmente da APS, sempre estarem atentos aos fatores de risco, para assim, identificar, previamente, aquelas gestantes com maior risco de evoluirem para a SHEG de modo a orientá-las e prover uma assistência pré-natal mais integral e particularizada. Ademais, é imperativo melhorias no manejo da gestante nas urgências e emergências obstétricas com o intuito de diminuir a mortalidade associada à SHEG.