RESUMO Este estudo descreveu o processo de avaliação das bases motoras e de intervenção, conduzido através da hierarquia do tratamento motor da fala em uma pessoa do sexo masculino, de 45 anos, que possui disartria flácida decorrente de acidente vascular encefálico. O paciente recebeu tratamento fonoaudiológico após três anos da lesão cerebral, dividido em 25 sessões semanais, que ocorreram durante oito meses. Foram realizadas avaliações fonoaudiológicas pré e pós terapia, bem como após cada período de tratamento de uma base motora. A terapia obedeceu à hierarquia do tratamento motor da fala, iniciando pela reabilitação da respiração, ressonância e prosódia, seguindo para terapia da fonação e, por último, ajustes da articulação. O paciente apresentou aperfeiçoamento em todas as bases motoras, adquirindo adequado suporte respiratório e ressonância durante a fala, melhorias na prosódia e precisão articulatória e mais estabilidade vocal. Além disso, quanto à autopercepção do paciente, em relação aos progressos terapêuticos, este relatou diminuição dos impactos da disartria na sua qualidade de vida. Sendo assim, foram evidenciados os benefícios do tratamento fonoaudiológico na disartria, principalmente ao seguir a estrutura proposta pela hierarquia do tratamento motor da fala. Os resultados permitiram concluir que uma adequada abordagem terapêutica pode proporcionar ganhos, mesmo alguns anos após a lesão cerebral.
Objetivo: Descrever o perfil das crianças que buscam atendimento fonoaudiológico com queixa de dificuldades de aprendizagem, verificar a associação entre o desempenho escolar das crianças e a escolaridade dos pais e a concordância entre a queixa e o diagnóstico. Métodos: Realizou-se um levantamento de dados em prontuários de uma clínica escola. Foram coletas as seguintes informações: data de nascimento, sexo, data de realização da triagem, idade apresentada na data da triagem e no corrente ano, escolaridade da criança na data da triagem e atual, escolaridade dos pais/responsáveis, tipo de queixa fonoaudiológica, origem do encaminhamento e a impressão diagnóstica. Os dados foram analisados pelo SPSS versão 20 para Windows®. Resultados: das 75 triagens analisadas, a maioria eram de crianças do sexo masculino (66,77%). A média de idade das crianças com queixa de aprendizagem foi de 9,25 no momento da triagem. Apesar da dificuldade de aprendizagem, somente 24% das crianças reprovaram de ano. Conforme análise estatística, observou-se que o desempenho escolar das crianças é dependente somente da escolaridade da mãe. A maioria das crianças foram encaminhadas ao serviço pelo professor (58,7%). Verificou-se concordância fraca (K= 0,278; p=0,001) entre a queixa apresentada e a impressão diagnóstica. Conclusão: Foi possível traçar um perfil das crianças que apresentam dificuldade de aprendizagem do serviço estudado. A escolaridade das mães pode influenciar no desempenho escolar das crianças, além de baixa concordância entre a queixa e a impressão diagnóstica.
RESUMO Objetivo Apresentar e analisar a curva de aquisição segmental do Português Brasileiro em onset simples, complexo e coda. Método Participaram 857 crianças com aquisição fonológica típica, com idades entre 3:0 e 8:11, divididos em faixas etárias de 6 em 6 meses. Os participantes foram avaliados, por meio do software INFONO de avaliação fonológica. Após a análise dos resultados foram elaboradas curvas de aquisição dos segmentos analisados nas diferentes estruturas (onset simples, complexo e coda). Resultados Observou-se que, em onset simples, alguns segmentos estavam adquiridos antes dos 3:0 (plosivas, nasais e fricativas /f, v, s, z/). Os segmentos /ʃ/ e /l/ foram adquiridos aos 3:0, /ʒ/ e /x/ aos 3:6, /ʎ/ aos 4:0, /ɾ/ aos 4:6; em coda, /N/ e /L/ foram adquiridos antes dos 3:0, /S/ aos 3:6 e /ɾ/ aos 4:6; em onset complexo, as estruturas compostas por Fricativa+/ɾ/ e Plosiva+/ɾ/ foram adquiridas aos 5:0, Plosiva+/l/ aos 5:6 e Fricativa + /l/ aos 6:0. Conclusão Analisar a curva de aquisição é fundamental, pois fornece referência sobre a idade de aquisição dos segmentos nas diferentes estruturas silábicas. A curva de aquisição contribui para a identificação precoce de atrasos no processo de aquisição fonológica possibilitando um encaminhamento oportuno para a intervenção fonoaudiológica.
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