A gota úrica é um distúrbio comum em aves mantidas em cativeiro como animais de companhia, sendo caracterizada pelo depósito de cristais de urato em diversos órgãos, podendo se apresentar como gota visceral ou gota articular. Esse relato de caso trata dos achados macroscópicos de gota úrica visceral na necropsia de um lóris arco-íris (Trichoglossus haematodus). Na necropsia se destacou o acúmulo difuso de urato sobre o pericárdio, fígado, intestinos, baço e rins, não havendo sinais de gota articular. Essas lesões encontradas são condizentes com o que há descrito em literatura a respeito da gota úrica visceral. Além desses, foram encontrados também: hepatomegalia com alteração de coloração hepática podendo ser sugestivo de lipidose hepática. Sabendo que a gota é um distúrbio metabólico, existem várias possibilidades para o seu surgimento, geralmente associado a causas nutricionais como: excesso de proteínas na dieta, toxicose por Hipervitaminose D3, deficiência de vitamina A e excesso de cálcio, além de falência renal ou desidratação intensa sendo que a deficiência de vitamina A pode estar intimamente ligada a lesão renal. Hiperuricemia, um dos fatores que antecede a gota, pode estar associada ao jejum e dieta deficiente em lisina. Os fatores nutricionais são importantes ao relato de caso, uma vez que o lóris arco-íris é uma espécie com hábitos alimentares extremamente específicos, consumindo alimentos com níveis proteicos mais baixos que outras espécies de psitacídeos. Esse é o primeiro relato de gota úrica visceral em Trichoglossus haematodus.
O tráfico de animais silvestres é algo que ocorre de forma recorrente no Brasil, sendo seu combate ainda muito atrasado em comparação com a amplitude da perda ecológica que o país sofre pelo exercício dessa atividade. Esta revisão tem o objetivo de levantar informações com base na literatura científica acerca do tráfico de animais como ameaça à saúde pública, especificamente em relação a clamidiose, uma zoonose frequentemente associada a aves psittaciformes oriundas de tráfico ou de outras atividades onde a condição sanitária é precária, assim como, elucidar o quão as zoonoses transmitidas por aves são desconhecidas, tanto pelos tutores quanto pelos médicos humanos, mesmo num cenário onde a prática da manutenção de aves como animais de companhia é extremamente popular. Ademais, ponderar como o manejo geral e sanitário adequado é um grande aliado na prevenção da clamidiose, de doenças em geral e na manutenção do bem-estar de aves de companhia. Conclui-se que o Médico Veterinário deve desencorajar aquisições de aves do tráfico ou de procedência duvidosa, esclarecendo sobre o perigo de aves advindas do comércio ilegal para a saúde pública e usar das zoonoses para conscientizar os tutores contra esse crime.
Dos problemas de saúde que acometem as chinchilas (Chinchilla lanigera) a má oclusão merece destaque por ser comum, ter ampla repercussão nos sistemas e tratamento com prognóstico variável. Em decorrência disto, o presente trabalho tem como objetivo a revisão de literatura, com finalidade de servir de material de apoio ao clínico que trabalha nesta área. Chinchilas possuem 20 dentes permanentes e são classificadas como monofiodontes elodontes. A má oclusão pode ter causas genéticas, dietéticas, por processos infecciosos, neoplasias e até traumas. Ocorre dificuldade de se alimentar, perda de peso, alteração do formato das fezes e modificação no padrão da mastigação. Abscessos apicais em dentes molariformes podem surgir com o crescimento dos dentes. O diagnóstico é realizado pela radiografia do crânio, sendo realizadas as posições convencionais que podem ser complementadas com as laterais oblíquas. Também é necessário proceder pelo exame físico completo da cabeça com utilização de espéculos e em casos graves com fraturas ou abscessos retrobulbares a tomografia pode ser realizada. O tratamento é feito com o desgaste adequado dos dentes e das pontas além do tratamento das várias doenças secundárias a má oclusão que podem ocorrer.
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