A região sudeste do Brasilapresentou déficit de precipitação no mês de janeiro dos anos de 2014 e 2015, o que impactoua disponibilidade de água para o consumo humano, a agricultura e a produção de energia hidrelétrica. O volume dos reservatórios de água passou a alcançar seus níveis mais baixos.Nesse contexto o objetivo do presente estudoé verificar se o padrão de anomalias atmosféricas associados à seca em janeiro de 2014 foi similar ao ocorrido com a seca de janeiro de 2015. Entre os resultados têm-se que em ambos os anos há o deslocamento do Anticiclone Subtropical do Atlântico Sul (ASAS) para oeste de sua posição climatológica, implicando em anomalias positivas de pressão atmosférica sobre o sudeste do Brasil e anomaliaspositivas de temperatura da superfície do mar próximas à costa sul-sudeste do país. Essas características atmosféricas desfavorecem a ocorrência de precipitação no sudeste do Brasil. Palavras-chave: Sudeste do Brasil, verões anômalos, déficit de precipitação.
Resumo Totais diários de precipitação foram utilizados para identificar os eventos de Precipitação Extrema (PE) na região do Centro de Lançamento de Alcântara (CLA) para o período de set-1984 a ago-2014 (30 anos). Adotando o 99° percentil dos totais diários (44 mm d-1) como limiar de PE, foram identificados 104 eventos no período. O ciclo anual da frequência de eventos e das excedências foi muito semelhante ao ciclo anual da precipitação, com máximo (mínimo) no trimestre MAM (SON). Utilizando as séries de duração parcial, os máximos anuais de total diário (definindo ano hidrológico como os 12 meses a partir de setembro) puderam ser modelados estatisticamente como uma distribuição de Gumbel. A precipitação de 1 dia com tempo de retorno de 100 anos seria de 115 mm, valor inferior aos encontrados na literatura para localidades pertencentes à região do CLA. Para o bimestre de março e abril, que concentrou a maior frequência de eventos, a variabilidade interanual da frequência esteve correlacionada positiva e significativamente (R = +0,44) com o total de precipitação, e a correlação parcial com outros fatores (índice Niño 3, gradiente inter-hemisférico de temperatura da superfície do mar do Atlântico e vento em 925 hPa sobre a região do CLA) não foi significativa. Os dias de PE no bimestre diferenciaram-se dos demais com totais elevados por apresentarem maior número de horas do dia com chuva (14 ± 4 h) e maiores totais horários (p. ex., total horário máximo = 23 ± 9 mm h-1). No bimestre de março e abril de 1996, quando houve a maior frequência de eventos (5 eventos), os dias de PE caracterizaram-se pela ocorrência de atividade convectiva intensa sobre duas grandes áreas: uma zonalmente alongada cobrindo a costa norte do Brasil, e outra cobrindo os Estados de Santa Catarina e Paraná.
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