Fístulas arteriovenosas durais (FAVDs) são lesões adquiridas, que consistem em uma ou mais conexões fistulosas no interior dos folhetos da dura-máter, com envolvimento das paredes de um seio venoso dural ou então das veias leptomeníngeas adjacentes. Sua incidência é de difícil determinação, no entanto, segundo estudos, ela é estimada em 10% a 15% de todas as malformações cerebrovasculares diagnosticadas por angiografia. Os fatores predisponentes ao desenvolvimento das FAVDs são o traumatismo cranioencefálico, tromboflebite cerebral, neurocirurgia prévia e infecções. O objetivo deste estudo é apresentar um caso de Fístula Arteriovenosa Dural Intracraniana em um paciente de 58 anos, ressaltando os aspectos imagenológicos, etiológicos, fisiopatológicos e, sobretudo, os tipos de classificação da doença e a terapia utilizada. W.S.D., sexo masculino, 58 anos, natural e procedente de São Paulo – SP, deu entrada no pronto-socorro de um hospital de referência da capital paulista queixando-se de parestesia de membros superiores (MMSS) há 3 meses. Foi realizado exame físico e anamnese de forma minuciosa, na qual o paciente negou cefaleia e outros sintomas associados. Foi submetido à investigação com uma ressonância magnética (RNM) da região cerebral e medular em ponderações T1 e T2, as quais demonstraram efeito tumefativo que comprometia a transição bulbo-medular e a medula cervical de C2, as quais encontravam-se edemaciadas. Além disso, estavam proeminentes os vasos leptomeníngeos nos hemisférios cerebelares, estes patognomônicos da FAVD. Ademais, foi observado hipersinal em T2, com padrão estriado/tigroide, típico de degeneração mielínica progressiva. O paciente apresentava agressivo refluxo venoso cortical com drenagem perimedular espinhal na veia cortical e, dessa forma, enquadrou-se na Classificação de Cognard tipo V, sendo considerado um paciente portador de FAVD maligna. Foi então realizado tratamento endovascular com embolização transarterial, o qual proporcionou fechamento completo da fístula e, dessa forma, o paciente obteve um prognóstico favorável. As fístulas arteriovenosas durais, por serem uma condição rara e com variadas manifestações clínicas, podem passar despercebidas pelo profissional médico. Dessa forma, é de fundamental importância o conhecimento da doença, com o intuito de proporcionar ao paciente um diagnóstico precoce e uma terapia eficaz.
Os tumores gliais, ou gliomas, são o tipo mais comum de tumor cerebral e de alta incidência, sendo a maioria difusos e propensos à infiltração extensa no parênquima cerebral, causando recorrência do tumor. Os gliomas de alto grau, como os glioblastomas, são altamente angiogênicos e possuem altos níveis de fatores proangiogênicos, como o fator de crescimento endotelial vascular (VEGF), essencial para a neovascularização tumoral. O alvo para inibir o VEGF é o bevacizumabe, um anticorpo monoclonal humanizado, com associação do irinotecano, um inibidor da topoisomerase I. Dessa forma, o objetivo da seguinte revisão é analisar a eficácia da combinação do bevacizumabe e irinotecano para o tratamento de tumores gliais. Trata-se de uma revisão bibliográfica sistemática que utilizou as plataformas PubMed, SciELO e Google Scholar como base de dados para pesquisa de artigos científicos, com recorte temporal entre 2016 e 2021, na língua inglesa. De acordo com o mecanismo de busca, 3 resultados foram encontrados após os critérios de exclusão nas bases de dados PubMed e Google Scholar. Constatou-se, portanto, que a quimioterapia combinada de bevacizumabe e irinotecano é eficaz no tratamento de tumores gliais, ademais, a combinação de ambas as drogas possui maior taxa de sobrevida global do que apenas a terapia isolada do antiangiogênico bevacizumabe.
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